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Os possíveis reflexos do Censo 2022 no segmento de consórcio

Uma das explicações para o aumento na procura por essa modalidade é que o consórcio também passou a ser ligado a um maior planejamento financeiro das pessoas

Autora: Tatiana Schuchovsky Reichmann

Dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil ultrapassou a marca dos 200 milhões de habitantes, o que representa um crescimento populacional de 6,45%, em comparação com 2010. Entretanto, a taxa de crescimento anual foi a menor registrada desde 1872, ano em que foi realizado o primeiro censo nacional brasileiro.

Outro dado que também chama a atenção é que, em 2022, existiam 90,7 milhões de domicílios no Brasil, o que representa um crescimento de 34% em relação ao último censo. Também foi registrado um aumento de 70% no número de lares de uso ocasional, principalmente em cidades litorâneas.

Se analisarmos estes números e os compararmos ao crescimento do segmento de consórcio, podemos dizer que é possível que o aumento da população e dos domicílios pelo país tenha impulsionado e ampliado a busca pela realização e o alcance de conquistas dos brasileiros, explicando assim, o boom desta modalidade nos últimos anos.

Muitas pessoas passaram a considerar o consórcio como uma alternativa viável para adquirir um bem, seja um imóvel, um veículo, uma viagem ou até a realização de um casamento ou tratamento estético. A modalidade é capaz de oferecer o parcelamento integral do bem, sem juros nem entrada; possibilidade do pagamento de parcelas reduzidas; poder de compra à vista após a liberação do crédito; variedade de prazos, dentre outras características positivas.

Dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que de janeiro a maio deste ano, as vendas de novas cotas atingiram 1,63 milhões, ao avançar 8,7% sobre as 1,50 milhões de adesões do mesmo mês de 2022. Já os negócios realizados, decorrentes destas comercializações, também registraram expressiva alta, ao alcançar mais de R$ 115,5 bilhões, significando 20,2% sobre os R$ 96,13 bilhões anteriores.

Uma outra explicação para este aumento na procura pela modalidade é que o consórcio também passou a ser ligado ao planejamento financeiro, ficando mais evidente para a população, que somente a partir de um controle diário de gastos é possível se ter uma visão melhor das finanças e se preparar para realizar sonhos e investimentos. Quem tem uma boa gestão financeira vive com mais tranquilidade e segurança, sem aquela preocupação de saber se a conta bancária vai fechar no vermelho ou se sobrará algum dinheiro no final do mês.

Ou seja, podemos concluir que muitas são as razões para o crescimento deste setor, e que também muitos são os motivos para as transformações da sociedade registradas nessa última edição do censo. O mais importante aqui, é entender as mudanças no comportamento do povo brasileiro e desta maneira, ampliar sempre a realização e o alcance de metas tão importantes hoje para a conquista e manutenção da qualidade de vida de todos.

Tatiana Schuchovsky Reichmann é CEO da Ademicon.

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