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Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha

Os trunfos de uma cultura focada em credibilidade

CEO do Vakinha expõe a trajetória da organização que cresce contribuindo para a realização de sonhos e mitigando dores sociais

Guardadas as devidas proporções das realidades conjunturais e financeiras, assim como os grandes crowdfundings internacionais, como GoFundMe e Kickstarter se tornaram referência mundial, o Vakinha se consolida hoje como a plataforma brasileira que une sonhos e projetos de pessoas e comunidades aos solidários contribuidores. Depois de um começo desafiador há 15 anos, ao transportar um  arraigado hábito cultural da informalidade para a formalidade do on-line, o modelo de negócio se impôs pela perseverança em conquistar credibilidade, avançando das campanhas pessoais para as comunitárias. Compartilhando de que forma essa trajetória desembocou em um negócio bem-sucedido com impacto social, Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha, foi o convidado, hoje (15), da 852ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Lembrando do desafio em que se configurou a ideia de levar, formalmente, para o digital, aquilo que as pessoas já faziam de maneira informal no mundo físico, Luiz Felipe começou respondendo sobre a importância de acreditar em um propósito e perseverar, já que a empresa “quebrou” cinco vezes antes de dar certo. O fato de falir seguidamente em um mesmo empreendimento, por se encontrar sem capital, não impediu que ele e seu sócio, Fabrício Milesi, continuassem a crer no modelo do negócio. Baseado em receber uma pequena parcela (6,4%) do volume doado pelas pessoas às iniciativas inscritas na plataforma, ele demanda escalar um grande volume de projetos, diante da estreita margem de lucro, o que demorou bem mais tempo para acontecer do que previam de início. “Graças ao apoio informal e formal de dois investidores que apostaram também na ideia e em nossa determinação, prosseguimos aprendendo sempre algo diferente em cada um desses momentos em que a ‘falência’ acontecia. Foram momentos dolorosos que nos amadureceram e permitiram chegar aonde chegamos. De 2009 a 2014 pagamos para trabalhar e, depois, mais dois mantendo apenas o equilíbrio, mas daí em diante alavancou.” Atualmente, a plataforma recebe mais de 13 mil novas campanhas de vaquinhas por dia e mais de 10 doações por minuto.

Ao ser indagado sobre o surgimento da ideia, o CEO explicou que, no seu casamento, em 2006 – com a irmã de Fabrício -, o desejo do casal era morar fora do Brasil e, portanto, de nada adiantariam os tradicionais presentes para montar o lar, mas sim recursos financeiros para viabilizar a moradia lá fora. Ou seja, bastava que cada convidado presenteasse com a quantia equivalente ao presente gerando a somatória necessária, o que acabou ocorrendo, mas de forma improvisada. Isso acendeu neles a visão de solucionar essa dor: pessoas com sonhos, projetos ou necessidades que pudessem ser auxiliadas por meio de vaquinhas, com a novidade de que passariam a ser realizadas com grande alcance pelo digital. “Foram quase três anos até viabilizar a ideia na prática e logo fomos alcançados naturalmente pela vertente das causas pessoais e sociais como a que sustentariam o negócio. Foi com grande orgulho que percebemos estar criando algo tão relevante para a sociedade, mas um fator que nos trouxe grande responsabilidade também.”

Ao explicar a formação do público que ia sendo conquistado pela plataforma, Felipe disse que as primeiras pesquisas sobre a percepção que se tinha do Vakinha junto aos clientes e à sociedade era mesmo de um canal de ajuda, principalmente pelos tipos de campanhas bem-sucedidas no âmbito da saúde. Dessa forma, a decisão foi manter a imagem da marca como um local aberto para realização de sonhos e solução de problemas, mas caminhando para se fortalecer mais intencionalmente como canal para angariar fundos nas iniciativas destinadas a causas sociais com impacto junto à sociedade. Citou, como exemplo, nas enchentes e suas consequências, o fato da própria empresa assumir o protagonismo no movimento geral de ajuda, criando uma página que une todas as campanhas ali, potencializando o alcance e o impacto das mesmas. Tudo isso, entretanto, fez questão de frisar, sem perder a visão cliente de tratar todos os usuários da plataforma com a mesma atenção e experiência positiva. “Essa isonomia é fundamental, pois para cada pessoa ou grupo, a sua própria causa é de grande relevância. Temos que ser vistos como parceiros de todos.”

Depois de esmiuçar de que forma a marca foi ganhando credibilidade em relação a lidar com o dinheiro das pessoas, inclusive no uso dos meios de pagamentos, o executivo detalhou de que forma o Vakinha consegue suplantar os novos tipos de vaquinhas informais que acabam ocorrendo via Pix, com a segurança advinda da transparência sobre tudo que ocorre nas campanhas. Ele também falou da criação do “Vakinha Causas”, correspondendo à realidade estatística do site, que é o de ter hospedados, entre os clientes, 90% deles formados por projetos de cunho social. São páginas de curadoria em que a base toda é convidada a contribuir, espontaneamente, em um projeto comunitário no momento em que está doando para outras campanhas. Felipe ainda comentou sobre a estrutura de colaboradores que atuam no suporte e atendimento, entre outros temas.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 851 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,6 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerra a semana amanhã (16), com o Sextou  que debaterá o tema “CX: O desafio da geração de valor na economia criativa”, reunindo Luciana Guilherme, professora da ESPM, Lucas Foster, fundador e diretor geral da World Creativity Organization, e Luiz Alexandre Castanha, CEO da NextGen Learning.

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