Otimismo brasileiro cresce

O brasileiro parece não estar preocupado com o agravamento da crise econômica internacional. Com leve alta de 0,5% na comparação com setembro, a confiança dos consumidores cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo. A informação é do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 28.10. 
De acordo com a pesquisa, mesmo com o crescimento moderado nos últimos dois meses – em setembro, frente a agosto, o aumento no índice foi de 0,4% – o INEC permanece abaixo do registrado em julho último e no início do ano. “Apesar da evolução recente, não se pode afirmar que a confiança do consumidor está retomando trajetória de crescimento”, assinala o estudo. 
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, destaca que, mesmo com a melhora do INEC, a expectativa do brasileiro sobre o índice de inflação, que caiu 1,9% de setembro para outubro, mostra que os consumidores continuam bastante pessimistas sobre a trajetória dos preços. “Esse indicador está 23,3% abaixo do registrado em outubro de 2010, o que mostra uma preocupação muito grande dos brasileiros com a inflação”, diz Azevedo. 
Dos seis componentes do INEC, três registraram melhora sobre setembro: expectativas de desemprego (mais 2,6%), avaliação de situação financeira (2,2% acima) e endividamento (mais 2,6%). 
O comportamento desses três índices demonstra que os consumidores estão confiantes na oferta de vagas no mercado de trabalho e que a maioria deles melhorou ou manteve a mesma situação financeira e reduziu ou permaneceu com o mesmo nível de endividamento. 
As expectativas sobre a renda pessoal, contudo, recuaram 1,5% em outubro na comparação com setembro, mostrando que os brasileiros estão menos otimistas com o aumento dos salários. Depois de um crescimento de 2,1%, em setembro ante agosto, o indicador de compras de bens de maior valor caiu 0,8% neste mês frente ao anterior. 
O INEC foi realizado de 13 a 17 de outubro a partir de pesquisa feita pelo Ibope com 2.002 pessoas em 141 municípios.

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