Ao mesmo tempo em que as pessoas possuem maior autonomia nas suas atividades do dia a dia, por conta do maior uso das tecnologias e da facilidade que essas oferecem, elas também possuem cada vez menos tempo para as tarefas rotineiras. Correm de um lado ao outro, da casa para o trabalho e vice-versa para cumprirem seus horários, obrigações e compromissos. Assim, eles encontraram nas novas tecnologias a possibilidade de realizarem diferentes atividades, com a maior agilidade e praticidade. Uma prova está no serviço de autoatendimento que alguns estabelecimentos brasileiros já vêm implementando.
Ainda que tenha uma ação tímida no País, o self-checkout e o self-shopping já possuem forte atuação em outros lugares do mundo, como Estados Unidos e países europeus e asiáticos. Porém, Silvio Sousa, diretor comercial da Consinco, acredita que não vai demorar muito para que essa inovação seja bem aceita em nossa sociedade. “Ela vem sendo bem aceita pelo consumidor e acreditamos que, em três ou quatro anos, o equipamento será de uso comum no mercado brasileiro”, prevê.
Outro fator positivo do autosserviço é a possibilidade de oferecer uma maior autonomia ao cliente, fazendo com que ele mesmo opte por aquilo que considera melhor para si, seja nos produtos, na forma como vai comprar e pagar. Sousa ressalta que, ao contrário do que alguns podem acreditar, as pessoas que optam pelos terminais, não necessariamente são aquelas mais adeptas à tecnologia. Os sistemas, hoje, já são mais simples, permitindo que qualquer um seja capaz de operar as máquinas e realizar suas compras. “Quem mais utiliza sistemas de autoatendimento são as pessoas que gostam de evitar filas, de praticidade, de operar suas compras sem ter que depender da disponibilidade de atendentes.”
Não por menos, quem investe nesse tipo de serviço possui maiores chances de fidelizar e conquistar clientes. Um exemplo está no mercado europeu, o executivo conta que naquela região a solução de self-shopping está consolidada em mais de 600 lojas e já foi observado um aumento de vendas entre 7% e 15% nos clientes que fazem uso do serviço e um aumento de 35% na fidelização destes clientes à loja. Junto com a promoção de comodidade e conveniência, os negócios também contam com maior facilidade no acesso às informações dos clientes que farão uso nos equipamentos. Já que eles fornecerão dados importantes para a gestão e uma aproximação efetiva. “Quanto tempo ele permanece fazendo compras, qual o seu roteiro dentro da loja, enfim, informações que podem ser valiosas para melhorar a experiência de compra do cliente, a exposição dos produtos e entre outros”.
Dessa maneira, Sousa vê no autoatendimento o caminho natural na evolução do mercado brasileiro que tiveram seu crescimento com base nas empresas. Pois, neste cenário em que desperdícios devem ser evitados, essa é uma opção que reduz custos operacionais e também é uma alternativa no relacionamento, visando estar com o cliente da maneira que ele deseja.