O setor de publicidade tem um papel relevante na atividade econômica do Estado de São Paulo. Esta é uma das conclusões que chegou o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo, Sinapro-SP, que acaba de concluir o primeiro estudo já feito no Estado para levantar o perfil das agências de propaganda. Coordenada pela área de inteligência de mercado da entidade, a pesquisa foi realizada entre maio e julho de 2014 e contou com a participação de 340 agências, de um universo mapeado de 1.160 agências estruturadas.
Os dados mostram que as agências entrevistadas geram R$ 3,2 bilhões de receita bruta e têm 10.318 pessoas ocupadas. “A pesquisa comprova a contribuição relevante da atividade publicitária para a economia paulista, com forte dinâmica na geração de emprego, nos recursos que movimenta e nos serviços realizados. Outro aspecto importante é a criatividade, inerente à publicidade, que impulsiona os negócios das empresas”, afirma Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP.
Para efeito de análise, a amostra total foi segmentada em cinco grupos de agências por porte e região geográfica: São Paulo com receita até R$ 50 milhões (39%) e com receita superior a R$ 50 milhões (4%); Grande S. Paulo (8%); Região Administrativa de Campinas (17%) e demais Regiões do Interior e Litoral (32%). Cada grupo tem um perfil próprio de estrutura, receita bruta e número de funcionários. “As agências do Interior e Litoral representam 49% da amostra, o que evidencia a força e o empreendedorismo dos mercados regionais, que vêm crescendo, se dinamizando a cada dia e gerando emprego e renda”, destaca Brito.
A pesquisa mostrou ainda que as agências paulistas atendem em média 12 clientes e 16 contas, de três a quatro setores diferentes. Entre os setores atendidos destacam-se Varejo (78%), Indústria (70%), Serviços Privados (64%), Imobiliário (59%), Produtos de Consumo (59%), Governo e Empresas Públicas (26%). “O varejo, a indústria e o setor de serviços privados são relevantes no portfólio tanto das agências de grande porte quanto das menores, mas há atividades que se destacam mais em determinados segmentos. Por exemplo, o imobiliário é mais relevante para as agências do Interior, enquanto a indústria e o setor de serviços têm presença mais acentuada no portfólio das grandes agências”.
As 340 agências entrevistadas ocupam, em média, 30 pessoas. Porém, há uma forte variação entre as grandes agências e as demais: em média, as grandes ocupam 316 pessoas, enquanto as demais, 20. O salário médio mensal da amostra é de R$ 5.384 e a massa salarial mensal totaliza R$ 47,3 milhões. O estudo revelou também que os publicitários recém-formados carecem de melhor qualificação: apenas 8% das agências os classificaram como bem preparados; 54% como razoavelmente preparados e 38% como mal preparados. Nesse cenário, 29% das entrevistadas têm necessidade de recrutar profissionais em outras cidades ou regiões, tendência mais forte no Interior e Litoral, com 37% buscando talentos fora da região.