Persona mais que grata

O que faz uma pessoa se relacionar com a outra? Claro que podem ser muitos os motivos, porém a principal razão é a identificação. O mesmo ocorre quando um consumidor se atrai por uma marca. Em meio ao mercado saturado, o cliente vai atrás daquelas empresas em que os valores coincidem com os dele. Porém, nem sempre é fácil identificar esses valores e, para ajudar o público, elas passaram a investir na estratégia de personificação. O objetivo é atribuir características humanas a elas, representando aquela segmentação de consumidores que mais busca atender.
Porém, não basta criar uma personalidade, como acredita Rodrigo Vanzan, CEO da 4Buzz. “Para se ter sucesso na personificação de uma marca, é importante que ela seja capaz de realmente tangibilizar valores humanos em suas ações e, principalmente, na sua conduta diante dos consumidores”, analisa. Até porque é um desejo do público saber quais são as reais atitudes que motivam as empresas em suas ações. Se elas desejam somente lucro, ou se possuem uma responsabilidade social, ou se querem realmente satisfazer seu público.
Por outro lado, o benefício do brand persona é que as empresas têm a possibilidade de atender os consumidores de uma forma mais humana. Uma vez que um interlocutor, seja ele real ou virtual, será o meio de contato do comprador com a marca. “Isso fará toda diferença na construção de um laço menos racional e mais emocional entre marcas e consumidores”, considera Vanzan. Principalmente, neste momento em que o cliente, por mais conectado que esteja, valoriza o contato mais próximo. “Com o movimento de personificação, as marcas estão assumindo uma nova posição na percepção das pessoas, estabelecendo laços mais sólidos a partir de interesses menos comerciais e mais humanos.”
Ou seja, não se pode negar que tal estratégia tem o poder, sim, de fortalecer as relações de consumo. Uma ação que pode ainda ser bastante facilitada com as redes sociais, ferramenta importante e que permite esse engajamento de ambos os lados, do consumidor e do negócio. “Dar um aspecto humano e pessoal a algo que até então era inanimado é, no mínimo, curioso, e se mostrou extremamente eficaz. Como ocorreu nos casos em que Ponto Frio e Netflix debateram, a pedido de um cliente, uma possível parceria”, lembra o executivo. Ou, então, a disputa de rimas entre os bancos Itaú e Santander. “Ter uma postura ativa através de uma personalidade alinhada com o seu público-alvo sem dúvida potencializará o engajamento da marca nas redes.”

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