Pesquisa aponta características dos profissionais de informática

A Impacta Tecnologia conclui a pesquisa “Características da carreira dos profissionais de informática em grandes e médias empresas no Brasil”, baseada em dados apurados em 100 empresas, que foram selecionadas da lista das Melhores e Maiores da Revista Exame. No confronto com os resultados da pesquisa anterior, realizada em 2001, constatou-se um aumento de qualificação e remuneração dos profissionais de nível intermediário, ao mesmo tempo em que aumentou o período médio de permanência nos cargos. O percentual de profissionais com 3º grau passou de 45% para 65%. Já os que recebem salário de até R$ 1 mil baixou de 31% para 18%, e a faixa acima de R$ 4 mil permaneceu estável.
O ritmo de realocações e promoções também foi reduzido nos últimos dois anos. O número de funcionários que ocupa o mesmo cargo há cinco anos ou menos passou de 58% em 2001 para 48% em 2003. Em contrapartida, 42% têm a mesma função há mais de seis anos, contra 26% em 2001. Em 2003, 26% dos profissionais de TI nunca tiveram uma promoção (eram 19% em 2001). Em 2001, 41% dos funcionários tiveram até 4 promoções, percentual que caiu para 26%. Além do aumento do número de profissionais com escolaridade superior, o estudo revelou uma preocupação maior com atualização e qualificação profissional.
Nas empresas pesquisadas em 2003, 5% do pessoal de TI têm cursos de extensão ou pós-graduação. Em uma questão que pedia pontuação, de 0 a 10 para a importância do treinamento, 96% atribuíram notas acima de 6. Entre as companhias, 47% custeiam, com pelo menos 75% do valor, cursos e treinamento para seus funcionários. Diferentemente do que ocorrem normalmente nas empresas de tecnologia, nas grandes e médias companhias usuárias a maioria dos tecnológos trabalha no regime da CLT, com um índice de apenas 20% de profissionais terceirizados. O percentual de autônomos caiu de 11% em 2001 para 2% em 2003, principalmente pela taxação de INSS (20% na fonte) imposta para esse tipo de contratação.