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Juan Pablo D’Antiochia, vice-presidente sênior da Worldpay para a América Latina

Pix já representa 30% das transações no e-commerce

Segundo estudo da Worldpay, cartão de crédito e Pix somam 70% das transações no comércio eletrônico brasileiro

O Pix se mostra fortemente consolidado como um dos meios de pagamento mais querido do brasileiro, representando 30% das transações do País em 2023, de acordo com o “The Global Payments Report 2024”, estudo realizado pela Worldpay, empresa global especializada em soluções de meios de pagamento, que está em sua 9a edição e traz um mapeamento de 40 mercados que representam 88% do PIB global. Desenvolvido em cinco regiões do mundo, o estudo destaca não apenas o atual cenário dos meios de pagamentos em todo o mundo, mas também aborda projeções para os próximos quatro anos. 

De acordo com o relatório, a facilidade, agilidade, baixo ou zero custo por transação, além da segurança, fizeram com que o Pix se tornasse um sucesso na sua rápida adoção e um caso incomparável em todo o mundo. Apontado como líder em pagamentos em tempo real, o Pix vem integrando novas soluções e ampliando a sua abrangência, e tem projeção de atingir 50% do valor de todas as transações no e-commerce no Brasil até 2027, conforme o estudo da Worldpay. De acordo com a pesquisa, somados cartões de crédito e Pix, temos 70% das transações realizadas no Brasil, no e-commerce.

“Estamos vivendo uma imensa transformação no universo dos meios de pagamentos. Hoje, as inovações digitais geram uma variedade cada vez maior de tipos de pagamento. E os consumidores, que nunca tiveram tantas opções para realizar pagamentos, esperam nada menos do que a perfeição na hora de fazer seu checkout”, comentou Juan Pablo D’Antiochia, vice-presidente sênior da Worldpay para a América Latina.

Entre os meios de pagamento mapeados pela pesquisa estão o tradicional cartão de crédito – ainda muito utilizado no país por oferecer opção de parcelamento -, cartão de débito, pagamentos instantâneos – Pix (A2A – Account to Account), dinheiro em espécie, carteiras digitais e ainda, o Buy Now Pay Later (“Compre agora, pague depois”), uma espécie de crediário digital, mas que não utiliza o limite do cartão de crédito do consumidor. “Este é um momento de possibilidades ilimitadas para consumidores, estabelecimentos comerciais e para a indústria de pagamentos que os conecta”, destacou D’Antiochia.

Meios de Pagamento no Brasil

Assim como no restante da América Latina (com exceção do Chile apenas), o cartão de crédito segue na liderança de pagamentos também no Brasil, com 40% das transações no e- commerce, e 36% nos pontos de venda. Ao oferecer a facilidade de pagar parcelado, uma peculiaridade do Brasil, o crédito deverá ser ultrapassado pelo Pix nos próximos anos, e nos pontos de venda haverá uma queda, passando para 30%.

Já quando o assunto são as carteiras digitais, estas ainda encontram muito espaço e potencial para um rápido crescimento. Com um mercado de e-commerce de U$ 790 bilhões (Brasil), as carteiras digitais começam a ganhar mais espaço, e já contam com 16% do valor transacionado no e-commerce. Hoje, globalmente, as principais estatísticas das carteiras digitais são o e-commerce, com US$ 3,1 trilhões e ponto de venda, US$ 10,8 trilhões. A previsão de crescimento para as carteiras digitais entre 2023-2027 são do e-commerce com 15% CAGR (Taxa de crescimento anual composta) e ponto de venda 16% CAGR. Já para o ano de 2027, as projeções são do e-commerce com US$ 5.4 trilhões e ponto de venda US$ 19.6 trilhões. “Hoje, as carteiras digitais estão crescendo exponencialmente, e já são o meio preferido para pagamentos na Ásia, Europa e América do Norte. Este método deverá liderar os pagamentos em e-commerce em todas as regiões globalmente até 2027”, comentou o VP.

Já o dinheiro em espécie ainda marca presença, com 22% das transações (em 2022 este número era de 26%), e a projeção é de chegar a 12% em 2027. Esta modalidade de pagamento vem perdendo espaço para os métodos digitais – mais práticos e convenientes para os mais variados perfis de consumidores, não apenas para os mais jovens. Mesmo assim, o dinheiro físico continua tendo sua relevância para uma parcela importante da população, para a realização de pagamentos em momentos emergenciais, e ainda para momentos em que os consumidores buscam por descontos nos pequenos comércios.

Destaques na América Latina

A Argentina lidera a região em pagamentos de comércio eletrônico com as carteiras digitais – quase o dobro de transações do Brasil; e o dinheiro físico é o método mais usado nos pontos de venda. O Chile tem um dos menores índices de desbancarizados na América Latina, com o Banco Mundial relatando que 87% dos consumidores chilenos pesquisados (2021) que tinham algum tipo de conta financeira. Esta forte inclusão financeira no Chile ajuda a diferenciar o país no uso de cartões de débito – hoje, o principal método de pagamento online (31%) e em PDVs (37%).
Já na Colômbia os A2A (Conta a Conta) representaram 25% do valor do e-commerce em 2023 e devem crescer 20% CAGR entre 2023-2027. Os estabelecimentos mexicanos estão entusiasmados com o DiMo (Dinero Movil — um serviço de conta a conta que funciona no SPEI, o sistema de liquidação bruta em tempo real do México) na esperança de que ele reduza os custos de aceitação de pagamentos. No México, a previsão de crescimento do Conta a Conta, de 19% CAGR de 2023-27, veria a participação deste meio de pagamento aumentar de 6% para 8% dos gastos online, dependendo da escolha do consumidor em um mercado historicamente muito estável.

Destaques globais
As carteiras digitais lideram o e-commerce na Europa em geral, e em cinco mercados (Dinamarca, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido). Representando 30% do valor transacionado no e-commerce em 2023, deverão crescer 17% CAGR até 2027, quando representarão cerca de 40% do valor do e-commerce. Os cartões de débito são esmagadoramente preferidos pelos europeus no ponto de venda e representam 41% do valor transacionado nos PDVs em toda a Europa em 2023 – mais de 2,7 trilhões de dólares – quase o dobro da participação dos cartões de crédito (21%). Enquanto a adoção de carteiras digitais está acelerando nos PDVs na Europa.

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