Planos de dados pelo mundo

Usuários de smartphones, atualmente, procuram por planos que ofereçam grandes pacotes de dados, mas também procuram por mensagens de texto e voz ilimitados. No entanto, 20% deles já começaram a olhar além destes serviços e esperam novas capacidades do pacote, como conectar suas licenças de dados de banda larga fixa a tais planos e acesso gratuito a conteúdo exclusivo de TV e filmes. É o que aponta o estudo da Ericsson, “Adotando o compartilhamento de dados”, produzido pelo ConsumerLab, área que estuda o comportamento do usuário e explora tendências de consumo de planos de dados compartilhados em diversos países, entre eles, o Brasil. 
Quando se trata da adoção de planos de dados compartilhados, há uma grande variação entre os mercados estudados. Nos Estados Unidos, por exemplo, 26% dos usuários de smartphones pesquisados usam tais planos, enquanto que esse número na Índia e no Brasil é de apenas 5%. E uma das conclusões mais importantes da pesquisa é que os futuros usuários de planos de dados compartilhados serão muito diferentes dos que os assinam hoje e que isso exigirá novos serviços das operadoras. “Descobrimos também que cerca de um quarto dos usuários de smartphones que hoje têm planos de dados compartilhados são power users, ou seja, pessoas que utilizam bastante o serviço e consomem grandes quantidades de dados móveis”, afirma Julia Casagrande, especialista do ConsumerLab da Ericsson para América Latina. “No futuro, essa proporção deve aumentar 42%, o que seria equivalente a 40% de todos os usuários de planos de dados compartilhados nos seis mercados estudados: Brasil, Índia, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.”
O relatório descobriu que os consumidores têm expectativas sobre seus planos de dados compartilhados. Eles querem: compreensão clara dos custos envolvidos; oferta simples, alinhada e que permaneça inalterada, mesmo em caso de promoções; transparência e gerenciamento de planos em tempo real; disposição para pagar, mas por um plano que possa incluir novos dispositivos, como os vestíveis; otimização da cobertura de aplicativos (para usuários mais frequentes). Além disso, os consumidores estão encontrando dificuldades para entender os planos compartilhados e precisam de transparência em tempo real. Deles, 46% estão descontentes com o entendimento e com as opções de preços de planos e cobrança, enquanto que dois em cada cinco estão insatisfeitos com a possibilidade de rastrear, modificar e monitorar o uso.
Nos mercados estudados, a casa de um típico usuário de smartphone tem, pelo menos, seis assinaturas digitais: três usuários de internet, duas assinaturas de internet móvel e uma opção adicional de conectividade, como banda larga fixa. Isso resulta em múltiplas contas e planos de dados. “As muitas opções disponíveis criam um alto nível de complexidade na gestão de múltiplas assinaturas e os usuários acreditam que ofertas de dados compartilhados podem ajudar a resolver este enigma de conectividade digital. Os consumidores estão prontos para adotar os planos de dados compartilhados, mas é necessário que as operadoras entendam as necessidades e as expectativas dos usuários para ajudar a maximizar sua satisfação”, finaliza Júlia.

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