Rosangela Aparecida Grigoletto
A afirmação de Luiz Antonio Sacconi, professor de Língua Portuguesa e autor de diversos livros sobre a utilização do nosso idioma na sua variante culta, é bem apropriada para refletirmos sobre a questão do indivíduo e as exigências do “moderno” mercado de trabalho.
É redundante, porém, necessário discorrer sobre as mudanças que ocorreram nas últimas duas décadas no planeta, em particular, no mundo dos negócios: a viabilização do acesso e conseqüente aumento da quantidade de informação, aceleração do desenvolvimento tecnológico (tudo é rápido demais e não se respeita o tempo de cada pessoa), os modelos que estimulam a competitividade, qualidade total, o imediatismo e supervalorização das máquinas (computador, fax, telefone celular etc.), entre outras. Todas elas exigiram dos profissionais que estão ou querem entrar no mercado de trabalho novas posturas. Aproximar-se dos conceitos básicos do modelo atual é o mais pertinente e adequado. Isso requer conhecimento e reconhecimento das tendências e investimento numa formação contínua em si próprio e na profissão.
Não faz muito tempo que um determinado profissional podia se dar ao luxo de dizer “Meu negócio são os números, redação não é comigo, manda que a secretária faz”. Hoje, um dos requisitos básicos para a sobrevivência no mundo dos negócios é saber expressar-se bem, tanto na língua falada, quanto na escrita. Precisamos “falar a mesma língua”, o português, por exemplo. Como todo idioma não é estático sofre constantes modificações, por influência da expressão falada, pelos meios de comunicação, pelos processos de modernização ou modismos etc., daí nasce a necessidade da atualização.
O bom profissional deve demonstrar confiança por meio da escrita, redigir textos eficazes, se possível, que causem impacto, transmitir idéias e mensagens importantes que contribuam para o alcance dos objetivos e comunicá-las às pessoas corretamente, sem ruídos, ou seja, nada que possa afetar a transmissão da mensagem. Nessa perspectiva só existe um caminho que conduz à conquista: formação contínua.
Existem profissionais aptos a conduzir-nos ao melhor domínio das técnicas de expressão. Pensando assim, inúmeros empresários têm proporcionado aos seus colaboradores cursos de aperfeiçoamento em redação empresarial ou comercial os quais se tornaram imprescindíveis no cotidiano do trabalho.
Todos temos dúvidas, não há demérito em tê-las, preocupante é permanecer com elas, mas podemos minimizá-las ou até eliminá-las, realizando algumas ações que farão a diferença: consultar dicionários e gramáticas, ler, refletir e, se possível, discutir sobre o que leu, procurar profissionais adequados para ajudar-nos e, enfim, escrever, pois só se aprende escrever escrevendo.
Rosangela Aparecida Grigoletto é professora de Português e Redação Empresarial, do programa Cead – Cursos Especiais de Aprimoramento e Desenvolvimento, mantido pela Contmatic Phoenix, empresa desenvolvedora de softwares administrativos e contábeis.