Com o aumento da qualidade de vida do brasileiro, sua expectativa de vida aumentou. Com isso, a quantidade de pessoas com mais de 60 anos é crescente. Uma realidade já presente em outros países, em que nas últimas décadas já vêm apresentado uma maior presença de idosos em suas pirâmides etárias. Assim, vivendo por mais tempo e melhor, essa parcela da população passou a se preocupar mais em como aproveitar esse mais tempo que tem disponível. Tanto que muitos idosos, mesmo os que já estão aposentados, continuam trabalhando e ativos no mercado. Ou, então, com objetivo de não ficarem mais defasados com relação aos mais jovens e conseguirem acompanhar a agilidade que a sociedade se moderniza, muitos também passaram a investir em maiores estudos e capacitações.
Por conta disso, a Sigbol Fashion, rede de franquias de cursos profissionalizantes, passou a oferecer produtos voltados para esse público. “Os cursos que oferecemos têm como característica atender públicos heterogêneos. O ensino é individualizado, e por isso é uma forma de atender as necessidades específicas de cada aluno”, conta o diretor, Aluizio de Freitas. Ele ainda explica que, além da metodologia de ensino, a empresa também precisou entender os cuidados especiais que esse grupo possui, para conseguir atendê-lo da melhor forma. “Os idosos são clientes mais fiéis, eles precisam confiar na tradição das empresas que tem algum tipo de elo.”
Entre as necessidades especificas está o fato de que seu tempo de aprendizado pode ser mais lento que os demais, o conhecimento com tecnologias menor, bem como necessitam de uma presença maior do professor em sala. Sem contar que alguns ainda podem ter restrições físicas, como enxergar ou ouvir menos. Para tudo isso, a empresa prepara os colaboradores para que receberem o público sênior da maneira adequada, oferecendo a atenção desejada. “Como todo cliente, é importante atender bem para que eles se sintam únicos e especiais. O diferencial para esse tipo de cliente é a atenção redobrada às necessidades individuais de cada um, afinal muitos deles tem problemas de saúde”, ressalta o executivo.
Como resultado, Freitas conta que a rede não só fidelizou os clientes, como já ajudou diversos alunos seniores a aumentarem suas rendas. Por exemplo, Vera Lucia Ribeiro, que aos 61 anos trabalha como costureira para complementar os ganhos e pagar o curso. Segundo ela, não há idade para se desenvolver, desde que tenha vontade e faça o que gosta.