Os consumidores globais estão cada vez mais conscientes em relação a fornecimento de suas identidades e ao controle de suas interações online com as marcas. Mais de três quartos (78%) dos entrevistados sabem como sua presença online e os dados que elas geram são importantes no mundo digital. Além disso, mais da metade (61%) está interessada em compartilhar informações pessoais, desde que exista uma troca transparente na qual obtenham algum benefício pessoal. Esses são dados de uma pesquisa feita pela Microsoft, que revelam alterações significativas nas relações entre consumidores e tecnologia.
Entre as conclusões, destaca-se o interesse dos internautas em que o mundo digital ensine mais a eles sobre si mesmos; e mais de 74% dos entrevistados manifestou globalmente interesse em tecnologias vestíveis. O mesmo grupo expos sua luta contra a “sobrecarga de informação”, na qual 80% informou ter interesse em serviços que auxiliem no gerenciamento de dados online. “Apesar de ser encorajador ver as pessoas tornando-se mais confortáveis com dispositivos conectados e com o compartilhamento de dados pessoais online, fica claro que muitos deles simplesmente são esmagados pela informação”, disse Natasha Hritzuk, diretor sênior da divisão global consumer insights na Microsoft. “As empresas têm de ser transparentes sobre como os dados são coletados e como eles serão usados. Deve haver uma recompensa – dando aos consumidores um incentivo para fornecerem dados e envolverem-se com os serviços – mostrando o valor de fazê-lo.”
Outras conclusões da pesquisa incluem:
– Pessoas em todo o mundo estão demonstrando um crescente interesse por aplicativos e dispositivos de rastreamento, com três quartos (74%) usando tecnologias vestíveis (um aumento de 13% desde 2013) e mais da metade (60%) interessada na Internet das Coisas (casas e objetos conectados). Apesar do aumento, no entanto, as pessoas admitiram estar inseguras sobre como usá-las para otimizar seus desempenhos – menos de um terço (28%) estão as utilizando para definir suas atividades e objetivos, enquanto a mesma quantidade (28%) alega não fazer nada com os dados fornecidos;
– Além disso, as pessoas estão enfrentando uma grande sobrecarga de informação e cada vez mais desejam uma maneira mais fácil de encontrar o que é valioso para eles, com quase dois terços (63%, uma elevação de 8% desde 2013) interessadas em uma tecnologia futura que poderia fornecer esse serviço. De fato, é crescente o interesse por tecnologias que forneçam sugestões e recomendações de novas experiências, novas conexões e novas coisas para fazer com base em informações pessoais – de 50% para 53%;
– Com o aumento da quantidade de dados sendo armazenados online, as pessoas procuram ajuda para gerencia-los. O interesse em serviços digitais para ajudar neste caso cresceu sete pontos desde 2013 (de 73% para 80%), mas o controle final deve permanecer com o proprietário dos dados: 57% querem ser capazes de escolher quanto tempo a informação que eles compartilham devem permanecer online;
– As pessoas não querem que suas experiências de vida online e reais sejam separadas. O interesse está crescendo em uma futura onda de serviços digitais que permitam a elas experimentar qualquer lugar ou objeto online ou off-line da mesma forma (53% agora, com 50% em 2013). Assim como, com base em suas próprias necessidades e interesses, as pessoas querem contribuir para a elaboração e concepção de produtos e serviços: 54% estão mais propensas a comprar de empresas que lhes permitam atuar de forma ativa na personalização de seus produtos;
– A atração do “tamanho único” das redes sociais está terminando, conforme as pessoas adotam diferentes redes digitais que são especializadas e adaptadas às suas necessidades específicas ou atividades em um dado momento (de 41% em 2013 para 48% agora).
O relatório Microsoft Digital Trends 2015, cobrindo mais de 13.000 consumidores em 13 países diferentes, é o resultado de uma parceria com o Future Laboratory and Research Now para investigar o futuro do comportamento digital e da tecnologia, para um melhor entendimento sobre como as marcas podem atender as expectativas dos consumidores hoje e no futuro.