A Telefônica divulgou, no final de junho, a informação de que, nas cidades atendidas pela empresa que já migraram para minutos, apenas 5% dos consumidores optaram pelo plano Pasoo (Plano Alternativo de Serviço de Oferta Obrigatória). A baixa porcentagem pode demonstrar que o consumidor não está atento à mudança, que altera a forma de tarifação das ligações locais de telefone fixo para telefone fixo.
Com a mudança, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) determinou que as companhias de telefone devem oferecer dois planos de serviço: o Plano Básico, ideal para quem faz apenas chamadas curtas e o Plano Pasoo, ideal para quem faz chamadas de longa duração. Para escolher, o consumidor deve observar o seu perfil de consumo. Ficando no Plano Básico, as ligações locais que durarem mais de 2,5 minutos podem ficar muito mais caras. Já as ligações locais que durem até 2,5 minutos não sofrerão qualquer aumento. Devem optar pelo plano Pasoo os consumidores que utilizam o telefone para chamadas longas e, principalmente, aqueles que tenham acesso discado à internet.
O advogado do Idec, Luiz Fernando Moncau, dá uma orientação importante. “O que importa na hora da escolha não é se o consumidor faz muitas ou poucas ligações, mas sim se ele faz ligação de curta ou longa duração”, explica. De acordo com o advogado, o grande problema está nas contas de telefone, que trazem pouca (ou nenhuma) informação sobre o detalhamento do perfil do usuário, mostrando apenas o total de pulsos consumidos. Sem saber quanto durou cada chamada local feita para telefones fixos, o consumidor não tem os dados necessários para fazer a melhor escolha. Caso o consumidor tenha dúvidas sobre seu perfil, o Idec recomenda a opção pelo plano Pasoo, o mais parecido com o plano por pulsos.
Com a mudança, que busca trazer mais transparência na tarifação, o consumidor poderá solicitar gratuitamente à companhia de telefone o detalhamento também das chamadas locais. Pelas regras da Anatel, basta uma única solicitação para que todas as contas do consumidor venham totalmente detalhadas. O Idec recomenda aos consumidores que façam isso, o que permitirá maior controle dos gastos, a fiscalização de cobranças indevidas e um melhor conhecimento do perfil de utilização do serviço de telefone. “Com a conta detalhada em mãos, será mais fácil para o consumidor escolher o melhor plano de serviço e mudar de um plano para outro com mais consciência”, completa Luiz fernando.