A qualidade do produto ou do serviço é considerada a principal vantagem competitiva por 70% das empresas privadas de capital fechado do mundo, segundo o International Business Report (IBR), estudo realizado com 7.800 pequenas e médias empresas de 34 países, pela Grant Thornton International (GTI), representada no Brasil pela Terco Grant Thornton.
No Brasil, onde foram ouvidos 150 empresários, 79% disseram que a maior vantagem competitiva é a qualidade. A seguir, os brasileiros citaram as práticas empresariais éticas (74%) e força da marca com 69%.”A pesquisa mostra que o Brasil está alinhado internacionalmente”, explica André Viola Ferreira, sócio da Terco Grant Thornton. “O fator ´qualidade´ é um item relevante na conversão dos negócios”, diz.
Na Índia, 78% dos empresários pesquisados citaram a qualidade do produto como uma vantagem, mas este índice foi superado pela força da marca (81%) e política de preços (80%). Na China, apenas 46% dos empresários consideraram que a qualidade é uma vantagem, número mais baixo entre todos os países – o Japão está em penúltimo lugar, com 60% das respostas e, antes dele, vem Cingapura, com 67%. Outros países da Ásia, no entanto, citaram a qualidade como extremamente importante, como o Vietnã (92%), Taiwan (85%) e Hong Kong (74%).
Se os números do IBR forem analisados por regiões, a União Européia tem o índice mais alto para qualidade (81%), seguido por mão-de-obra capacitada (62%). Na América Latina, 81% das respostas indicam a qualidade como a maior vantagem, seguida de força da marca e práticas empresariais éticas, ambas com 72% das respostas.
As práticas empresariais éticas também foram bem avaliadas em mercados emergentes fora da América Latina, como Botswana (84%), Vietnã (83%) e Índia (75%). Entre os países de economia forte, a Nova Zelândia teve o índice mais alto para este item, com 75% das respostas. A seguir estão os Estados Unidos (70%). O índice mais baixo, 44%, foi registrado no Japão.
Para Alex MacBeath, líder global da GTI para empresas privadas de capital fechado, a pesquisa mostra que as empresas podem ter de mudar suas estratégias. “Se a crise econômica for tão profunda quanto dizem os economistas, as empresas deverão olhar mais para o seu gerenciamento e buscar uma fixação de preços estratégicos, sempre assegurando que a qualidade de produtos e serviços sejam mantida”