Qual a diferença entre os millennials (pessoas com idade entre 18-34) e da geração X (pessoas entre 35-49 anos)? A fim de saber a diferença entre esses dois grupos de pessoas no que se refere à afinidade com a marca, ao processo de compra e a coleta de informações no setor financeiro, a Linkedin, junto com a Ipsos, realizou uma pesquisa com mais de nove mil pessoas, de 10 países (Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Holanda, Austrália, Índia, Cingapura e Hong Kong). O objetivo do estudo é saber quem são os Affluent Millennials e o que os difere dos Affluents da geração x. Affluents podem ser definidos, no Brasil, como aqueles que possuem ativos de investimento líquido com mais de 100 mil reais, excluindo imóveis, e saber sua mentalidade, expectativa e comportamento.
AMBICIOSOS, PROGRESSIVOS E CONFIANTES
De acordo com a pesquisa, os Affluent Millennials podem ser caracterizados como: eternos otimistas, na qual confiam sobre o próprio futuro financeiro e possuem uma visão progressiva do amanhã; controladores, uma vez que geralmente agem sozinhos nas tomadas de suas decisões financeiras, valorizando a capacidade de eles mesmos gerenciarem suas próprias finanças; mente aberta, disponíveis a ofertas financeiras de marcas não financeiras; centrados em redes sociais, essas plataformas são essenciais para a tomada de decisões e as utilizam como fontes de informação das empresas financeiras; e ávidos por informações educativas, na qual procuram mais pela avaliação de outros clientes, comentários de especialistas e conteúdo sobre produtos/serviços. Ou seja, são ambiciosos, progressivos e confiantes.
Como característica desse grupo, eles são propensos a vislumbrar uma economia sem dinheiro e colaborativa. Ou seja, dividir ao invés de acumular. Junto a isso, apesar de acreditarem que uma crise financeira pode acontecer no futuro, confiam mais no futuro do país – 56% dos entrevistados contra 39% dos Affluent da geração X. Da mesma forma, 77% sacrificam o agora pelo futuro. Essa proporção é menor entre a geração X, com apenas 70% dos Affluents. Os Millennials também definem metas ambiciosas para suas vidas. Por exemplo, 35% buscam abrir um negócio, enquanto 11% começariam uma fundação de caridade. Ao comparar com a geração X, esses números são menores, 29% e 9% respectivamente.
DE OLHO NO FUTURO
Outra diferença percebida pela pesquisa é o fato de os Affluent Millennials estarem mais dispostos a ter um empréstimo para financias seus objetivos empreendedores do que aqueles da geração X. Como também são mais propensos a utilizarem os benefícios que lhes são oferecidos, como bolsa de estudos e seguros. Em comparação com os Affluent da geração X, os Millennials são mais propensos a economizar mais da metade do salário todos os meses. Em números, 54% contra 38%.
Entretanto, ainda que se apresentem como controladores, que gostam de ter suas próprias fontes de pesquisa e tomarem suas próprias decisões. Os Affluent Millennials são mais propensos do que aqueles da geração X a enxergarem o valor de consultores financeiros. Sendo que, depois de virarem clientes, eles são altamente fieis às instituições financeiras. Sendo 41% muito leiais e 56% leais. O que significa que apenas mudam de empresa em caso de grandes problemas. Enquanto esse número na geração X é de 27% e 66%, respectivamente.
O QUE QUEREM?
Os Affluent Millennials desejam uma conexão mais profunda com as instituições financeiras. Assim, a presença nas mídias sociais e o histórico de relacionamento são de grande relevância para eles. Dos ouvidos, 35% querem abrir um negócio e 54% economizam pelo menos 25% do salário pensando no amanhã. De todos os Millennials entrevistados, 40% consideram indispensável a presença nas redes sociais. Considerando os Affluents, esse número sobe para 54%.
Dos entrevistados, 42% visitam a página de sua empresa financeira em uma rede social, 69% utilizam redes sociais para informar-se sobre decisões financeiras ou de investimento e 58% buscam conteúdo de empresas financeiras nas redes sociais. Ou seja, os Affluent Millennials são significativamente mais propensos a procurar conteúdo financeiro relevante nas redes sociais.
Além disso, existem quatro fatores mais relevantes para eles selecionarem uma instituição financeira: se ela possui uma forte presença nas redes sociais; se eles já possuem um relacionamento com a empresa; se a empresa tem um aplicativo mobile para atender suas necessidades; e se algum familiar utiliza a mesma empresa.