Uma pesquisa encomendada pela Brasil Game Show (BGS) para o Instituto Datafolha revela o perfil e os hábitos dos gamers brasileiros. Os resultados mostram, por exemplo, que 44% dos entrevistados jogam todos os dias da semana e 93% consomem vídeos sobre games na internet mensalmente. Entre as plataformas preferidas dos jogadores, os consoles são utilizados por 73% dos entrevistados, enquanto os computadores aparecem logo depois, com 67%, seguidos dos celulares e tablets, com 56%. Um quarto (25%) dos entrevistados pelo Datafolha ainda disseram usar todas as plataformas para jogar. Em relação ao tempo investido em games, a média semanal é de três horas durante a semana e de cinco aos sábados e domingos.
O estudo também revelou que os jogos lideram a lista de itens mais consumidos, com 35%, seguidos por peças de vestuário (24%) e periféricos (mouses, teclados e headsets), com 19%. Além disso, nove em cada dez gamers ouvidos afirmaram que pretendem adquirir algum produto gamer nos próximos doze meses. No topo da lista de desejos aparecem: consoles (26%), cadeiras gamers (23%), headsets (22%) teclados/mouses (21%), smartphones (21%) e placas de vídeo (21%).
“Com 75 milhões de jogadores e um faturamento em torno de US$ 1,5 bilhão, os números da indústria de games no Brasil já impressionam, e sabemos que ainda há muito potencial para crescer”, analisou Marcelo Tavares, criador e CEO da BGS. “Esse crescimento se deve à paixão dos fãs, que não só desejam o game ou plataforma mais atual, mas movimentam o setor consumindo produtos que vão melhorar sua experiência no jogo e também fora dele. Os gamers estão construindo um lifestyle próprio e querem ser vistos como pertencentes a uma comunidade.”
Em relação ao perfil dos jogadores, a pesquisa mostra que a média de idade é de 21 anos e a renda familiar de R$7.313,60, o que corresponde a 7,7 salários mínimos. Além disso, 55% possuem grau de escolaridade médio. “O mercado de games é extremamente promissor e nos últimos anos tem tido um rápido amadurecimento, motivado por consumidores que seguem jogando durante a vida adulta e pela constante inovação da indústria, que atrai cada vez mais investimentos, patrocínios e visibilidade”, analisa Paulo Alves, gerente de pesquisa de mercado do Datafolha.