Entre os meses de maio e junho, os paulistanos tiveram menos interesse em irem às compras. O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), feito pela pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, FecomercioSP, teve uma queda de 2,5%, fechando em 110,8 pontos mês passado. Na comparação com junho de 2013, a diferença foi de 15,1%.
De todas as categorias que fazem parte do indicador, apenas Acesso ao Crédito avançou de maio para junho (0,9%), atingindo os 133,7 pontos. Por outro lado, a Avaliação de Momento para duráveis foi a que mais caiu (-8,3%), aos 87,5 pontos, seguida pelo recuo de 3,8% da Perspectiva de Consumo, com os 103,8 pontos registrados em junho. O Nível de Consumo atual apresentou diminuição de 0,5% no período, batendo os 86 pontos – pior pontuação entre as variáveis do ICF.
O desaquecimento do mercado de trabalho, identificado nas últimas pesquisas sobre o tema, também pode ser apontado como motivo para as baixas nos quesitos Emprego atual (-1,5%, aos 125,9 pontos), Renda atual (-2,3%, para os 126,9 pontos) e Perspectiva profissional (-2,9%, aos 112 pontos).
Segundo a Federação, a expectativa para os próximo meses é que o declínio continue a acontecer, a medida em que não se percebe sinais de melhoria do cenário econômico brasileiro para o curto prazo.
O ICF é apurado mensalmente pela FecomercioSP, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. Ele é composto por sete itens: Emprego atual; Perspectiva profissional; Renda atual; Acesso ao crédito; Nível de consumo atual; Perspectiva de consumo; e Momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório e acima de cem pontos é denotado como satisfatório.