Autor: Tatiana Carvalhinha
O mercado de software como serviço cresce a cada dia e automaticamente as discussões sobre o assunto aumentam as polêmicas. Perguntas como “Será que realmente vale a pena investir em SaaS?”, “O que eu posso perder?”, “Qual a principal diferença?” e “O que muda?”, não somem do vocabulário dos empresários.
O modelo SaaS traz inúmeras vantagens técnicas e comerciais para o mercado. Esta, sem dúvida, é uma das únicas certezas unânimes de todos do ecossistema envolvido: Softwares com alta disponibilidade, zero logística (trazendo rapidez no atendimento, na entrega e na utilização), oportunidade de agregar valor aos serviços prestados, redução do departamento técnico da empresa e oportunidade de uso ampliado aos mercados.
Estudos divulgados pelo Gartner comprovam o crescimento desta solução. Pesquisa registra um aumento de 31% deste segmento até o fim do ano, ou seja, US$ 9,6 bilhões a mais, em comparação aos US$6,4 bilhões movimentados em 2008. Mas, infelizmente, muitos ainda duvidam da ferramenta. Ainda me pergunto, será que, com uma receita representativa como esta, ainda existem mitos ou incertezas sobre o Software as a Service?
Para as empresas como os ISP’s (Internet Service Providers), que já aderiram ao software como serviço no modelo de SVAs (serviços de valor agregado), o SaaS aumenta seu portfólio, cria fidelização de clientes e lucratividade, pontos importantíssimos para manter-se competitivo no mercado.
Além dos ISP’s, o SaaS está sendo disponibilizado par a outros canais de vendas com os mesmos princípios de agregar valor ao serviço prestado, sem investimentos iniciais, zero logística, rapidez no atendimento ofertado ao mercado SOHO como ao SMB, através de soluções altamente inteligentes.
O que muda então?
Com todas estas características, fica claro que a mudança mais significativa no mercado é que cada vez mais os envolvidos em todos os processos precisam de especialização, especialização e especialização do seu core business. Sim, especialização 3 vezes. Este é o grande desafio com o novo modelo, ou seja, desenvolver capacidades especificas – com excelência – para atendimento aos mercados-alvo.
Com SaaS a abrangência dos mercados fica ainda maior, mais clientes utilizam softwares de diferentes portes e níveis de exigência. Assim, os fabricantes necessitam voltar a desenvolver aplicações cada vez mais sofisticadas e de fácil utilização e que os updates e upgrades tenham velocidade tão grande quanto à necessidade dos consumidores, forçando os fabricantes a cuidarem do seu core business.
Os distribuidores, por sua vez, precisam desenvolver mecanismos ágeis e fáceis para ofertar estas soluções aos canais de vendas, dando todo o apoio e suporte necessário para que o canal acompanhe a velocidade e exigência do mercado. Como alcançar estes mecanismos? Cuidando do seu core business!
Os canais devem ter a única e exclusiva preocupação em ganhar e manter clientes em sua base, e com o SaaS e a cadeia funcionando, fica fáci l e bastante lucrativo.
Por fim, o papel do consumidor final é ter uma experiência de uso que supere suas expectativas. Afinal, foi o próprio consumidor que exigiu do mercado a criação de soluções SaaS, onde os softwares são de alta disponibilidade, de fácil uso, etc.
Concluindo, acredito que o mercado está bem mais definido. Esta é a cadeia, um ciclo, onde todos os elos precisam “funcionar” de uma maneira eficaz para o negócio girar, até que apareça outra necessidade ditada pelo consumidor final que exija, mais uma vez, novas especializações.
Tatiana Carvalhinha é gerente de marketing e negócios da D-SaaS. ([email protected])