Setor de consumo prevê queda de receita



Quatro entre cada dez executivos financeiros (CFOs) das principais empresas de consumo acreditam que as receitas serão menores esse ano em relação a 2011. As maiores ameaças são as incertezas econômicas (44%), a instabilidade política (27%) e as crises da dívida soberana (21%). Apesar desse cenário, ainda planejam investir em novos mercados, inovação de produtos e mobile commerce para ampliar a participação de mercado, de acordo com a pesquisa “2012 Consumer CFO Survey: Turning Global Risk into Opportunity”, realizada pela KPMG International.

 

No entanto, para 80% dos entrevistados, os novos consumidores da classe média em mercados emergentes vão impulsionar as vendas das empresas no longo prazo. Com 19,1% das citações, o mercado brasileiro está terceiro lugar na lista de 18 mercados que oferecerão mais oportunidades de crescimento nos próximos dois anos, atrás do bloco formado por Estados Unidos e Canadá (43,6%) e China (23,6%). “O mercado de consumo brasileiro deu um salto nos últimos anos, especialmente pelo aumento significativo no número de consumidores, pelo crescimento da renda e pela inclusão social. Os executivos de todo o mundo estão atentos a este movimento, e o Brasil surge como um dos expoentes internacionais em razão das oportunidades de crescimento”, afirma Carlos Pires, sócio-líder da área de mercados de consumo da KPMG no Brasil.

 

A inovação de produtos lidera as estratégias de crescimento que as empresas estão adotando este ano, com mais de 40% dos respondentes na América do Norte e Latina, Ásia-Pacífico e Oriente Médio/África dizendo que vão adaptar os produtos desenvolvidos para seus mercados locais para atender as necessidades de outras regiões.

 

Um terço dos pesquisados utilizará as tecnologias móveis para maximizar as vendas, superando tanto a internet como o e-commerce. Para eles, a gestão de relacionamento com clientes também deve afetar as vendas positivamente. Mais de 82% dos brasileiros consideram o uso das tecnologias digitais fundamental para atingir clientes, contra 72% da média global do estudo. “É interessante perceber que as empresas estão atentas à afinidade demonstrada pelos consumidores brasileiros em relação ao uso das tecnologias para adquirir produtos e serviços. Assim, as estratégias convergem para reforçar as iniciativas corporativas voltadas a atender essa nova realidade”, explica Pires.

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