Social Business: chegou para ficar?



Autor: Sidney Sossai

 

Muitas organizações estão mergulhando no social business de cabeça sem antes mesmo levar em consideração questões crusciais para a implementação do conceito em suas empresas. Existe uma ideia errônea de que a transformação social de uma companhia é simplesmente levar as ferramentas das redes sociais para dentro da empresa e deixar que os funcionários a explorem.

 

As corporações já perceberam que a maneira mais rápida e simples de se conectarem a clientes, parceiros e funcionários hoje em dia é por meio do uso das ferramentas sociais.

 

Segundo um estudo recém-divulgado pela IBM denominado “The business of Social Business”, no qual a empresa entrevistou mais de 1.100 profissionais de negócios e tecnologia, cerca de 62% dos entrevistados planejam aumentar seus investimentos em Social Business ao longo dos próximos três anos, mas apenas 22% acreditam que os seus gerentes estão prontos para tornar essas tecnologias e investimentos parte de suas rotinas diárias.

 

Ainda existe uma grande lacuna de conhecimento acerca dos impactos que a tecnologia social pode trazer para os negócios. Além disso, quase 75% se sente despreparado para as mudanças culturais que a adoção das tecnologias requer.

 

Enquanto algumas empresas aceleram seus investimentos em Social Business, muitas ainda enfrentam dificuldades com sua implementação, devido a questões culturais e organizacionais, bem como com a integração dessas inovações no modo como conduzem seus negócios.

 

Além disso, as organizações estão aprendendo que simplesmente implementar essas tecnologias não é suficiente. Os negócios sociais são realmente transformadores e, assim como aconteceu com outras tecnologias transformadoras, como a internet ou os computadores pessoais, o social business forçará empresas a repensar seus modelos de negócios habituais, reconsiderar normas culturais e remodelar as abordagens básicas de gerenciamento para extrair o máximo valor da tecnologia.

 

É um campo muito rico de aprendizado para um grupo de empresas pioneiras que já têm feito investimentos em tecnologias sociais, seja no uso de hubs de colaboração, implantação de redes sociais privativas ou atividades sociais baseadas em analytics.

 

Entre as abordagens que esses líderes têm utilizado podemos destacar três frentes de ação: encorajar a experimentação de tecnologias sociais por seus funcionários e colaboradores; criar uma cultura de colaboração; e pensar de forma criativa sobre dados sociais, pois muitas empresas pesquisadas quantificam resultados, mas já sabem que medir a eficácia de abordagens sociais em termos de economia de custo não é suficiente.

 

Nesse processo de transformações as organizações de ponta que estão aderindo ao Social Business aproveitam suas ferramentas sociais externas e as integram em seus processos de negócio. Além disso, usam abordagens sociais não apenas para se comunicar melhor com seus clientes, mas também para compartilhar conhecimentos com seus fornecedores, parceiros de negócios e funcionários. O conceito de empresa social chegou para ficar e vai transformar corporações assim como está transformando a sociedade.

 

Sidney Sossay é gerente de soluções de colaboração da IBM Brasil.

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