Sony Music e Eventim Brasil se unem ao Cubo Itaú com foco em inovação

Objetivo da conexão é provocar ainda mais soluções de tecnologia para o segmento de entretenimento e conectar grandes empresas do setor à startups

A Sony Music e a  Eventim Brasil, especializada na venda de ingressos, anunciaram o estabelecimento de parceria com o Cubo Itaú, hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico em nível latam, iniciativa que tem como objetivo impulsionar a indústria de entretenimento e cultura. “Especialmente no desenvolvimento de soluções tecnológicas diferenciadas para otimizar a experiência das pessoas, consumidoras de música e público de eventos, colaborando na estratégia de negócios ou ainda em novos caminhos que ofereçam experiências inéditas e criativas que engajem os fãs, impulsionando artistas e suas músicas. Ainda, aprimorando a gestão de eventos e a venda de ingressos”, detalhou  Wilson Lannes, general manager da Sony Music Brasil,

De acordo com o executivo, o ambiente da multinacional é essencialmente digital e as premissas são a música e a criatividade. “Temos criado muitas soluções inovadoras com o time interno, mas, através dessa parceria com o Cubo, queremos mais visibilidade para o nosso negócio e atrair novos talentos, capazes de superar os desafios de um mercado dinâmico como o de entretenimento.”. Enquanto para Jorge Reis, CEO da Eventim no Brasil, “o desenvolvimento de soluções para aprimorar a experiência dos fãs brasileiros e otimizar as operações de eventos é o principal foco dessa parceria. Queremos debater novas ferramentas com empresas do ramo de tecnologia e entretenimento no Brasil e buscar melhorias para o consumidor e para o setor de entretenimento como um todo.  É uma conexão benéfica para todos.”.   

A força do entretenimento

Wilson lembra que, de acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência e IBGE, o setor de eventos de cultura e entretenimento gera atualmente 3,5 milhões de empregos, isso representa R$ 71,8 bilhões em massa salarial, o que equivale 3,7% do total de microempreendedores do país, superando os índices pré-pandemia. “Ou seja, importância que transcende o setor e alcança a economia brasileira que recolhe R$ 42,3 bilhões em impostos federais com um faturamento anual que gira em torno R$ 291,1 bilhões”. 

Ele cita, também, dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), dando conta de que o mercado global de música registrou um aumento de 9% em 2022 em comparação com o ano anterior. No entanto, o mercado brasileiro apresentou um crescimento mais expressivo, atingindo 15,4%, ultrapassando a média mundial. O setor arrecadou um total de R$ 2,5 bilhões no mesmo ano, impulsionado principalmente pelo aumento significativo nos serviços de streaming, que representaram 86,2% do total das receitas. Destaca-se que a indústria fonográfica brasileira tem mantido um crescimento consistente nos últimos seis anos, conforme indicado pela entidade Pro-Música, alcançando a 9ª posição no ranking de países em 2022.

“O setor de entretenimento mostrou a sua força e potencial cada vez mais crescente, não apenas com as soluções de base tecnológica da última década, por meio dos mais variados produtos de streaming, mas principalmente depois do grande desafio que a pandemia global evidenciou. É um setor extremamente relevante não só para a economia nacional, como também é bastante valorizado pela população da América Latina, por isso, tem demonstrado boa recuperação ao longo dos meses. E há espaço para mais. Ter empresas como a Eventim e a Sony Music conosco é mais uma oportunidade de contribuir com os empreendedores, que podem fazer negócios para solucionar desafios do setor, além de melhorar a experiência da sociedade em variados eventos”, analisou Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú.

Por sua vez, o CEO da Eventim, que também é presidente da Associação Brasileira das Empresas de Venda de Ingressos (Abrevin), sustenta que a importância do setor de eventos vai além do entretenimento.  “Empregamos muitas pessoas e ajudamos a movimentar dinheiro de uma forma geral, principalmente após a pandemia, quando a retomada tem sido mais intensa. Além da força de trabalho diretamente ligada aos eventos, a área de entretenimento impulsiona uma economia indireta através do aumento da ocupação de hotéis, restaurantes, transporte aéreo e rodoviário entre outros”.

De acordo com outro levantamento, feito desta vez pela Cortex, há mais de 12 mil startups no país, e entre elas há um grande interesse no setor. Sendo assim, a parceria entre a Sony Music Brasil, a Eventim e o Cubo também terá foco em conectar as grandes marcas e empresas do setor de entretenimento com startups focadas em inovação, com o objetivo de fortalecer os negócios entre entretenimento, cultura e inovação.

Futuro do setorSegundo dados da Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia 2022–2026, produzida pela PWC, a previsão é que até 2026 a indústria global de Entretenimento & Mídia (E&M) deve chegar a US$ 3 trilhões em receitas. “Isso demonstra o potencial do setor e as oportunidades de desenvolvimento, uma vez que a tecnologia pode ser uma grande aliada no processo de escala “, concluiu Lannes.

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