Startups, um polo de inovação

Quando a Internet e as tecnologias trazem novidades à sociedade, muitas oportunidades surgem junto. São tantas chances possíveis que acaba ficando quase impossível para as empresas conseguirem se desenvolver em todas as variáveis quando são criadas. Dessa forma, acabam se direcionando apenas para uma parte do mercado, restando, então, um grande rol de lacunas para o surgimento de outro tipo de negócio, as startups. “Podemos verificar, por exemplo, o mercado de smartphones, que criou uma nova tecnologia de comunicação e, ao mesmo tempo, um mercado multibilionário de desenvolvedores mobile. Hoje, a maior empresa desse segmento vale mais de US$35 bilhões e revolucionou o mercado de transportes urbano, o Uber, e uma empresa como ela cria uma grande lacuna para novos empreendedores, criando e conectando cada vez mais a rede”, afirma Setefan Schimenes, fundador da startup Cazamba.
Ainda segundo Schimenes, esse novo tipo de negócio é extremamente importante para o mercado, pois é um polo de inovação e desenvolvimento de novas tecnologias. “Além de gerarem valor para a sociedade, por meio de criação de emprego, essas empresas nascentes são uma excelente oportunidade para empresas consolidadas aprenderem a inovar como exemplo, seja por aquisição, fusão ou trabalhando como um fornecedor especial”, adiciona. Sem contar que as startups são um grande incentivo para aqueles que sempre desejaram ter um negócio próprio a se aventurarem no mundo do empreendedorismo. Alimentando, assim, o ciclo de geração de empresas, porque quanto mais novos empreendedores surgirem e tiverem sucessos em suas startups, maior será a quantidade de pessoas que procurarão pelo mesmo caminho e, ainda, também aumentará a chance de nascer talentos na sociedade.
Entretanto, Schimenes alerta que é preciso estar atento ao tamanho do mercado que se deseja entrar. “Quanto maior o mercado, maior a possibilidade de se tornar uma empresa grande, mas, ao mesmo tempo, o empreendedor deve saber analisar se o seu produto/serviço possui uma demanda significativa, pois de nada adianta entrar num mercado grande, porém muito competitivo, e criar um produto pelo qual o ninguém se interesse.” Um começo, segundo ele, para conseguir conquistar público é focar na melhor qualidade do atendimento. É aproveitar que, em relação aos outros países, como Estados Unidos e Alemanha, a economia brasileira ainda é imatura quando se trata sobre a forma como é feito o atendimento ao consumidor. “Acredito que a melhor forma de se fidelizar um cliente é ofertar um produto de qualidade muito superior, não apenas ligeiramente superior. Dado o baixo nível de qualidade em geral, ao ofertar algo superior, o cliente se sentirá muito satisfeito e até disposto a pagar mais numa próxima compra”, diz.
Mas, para ele, o principal ponto que todo empreendedor deve ter em mente ao começar uma startup é não deixar de sonhar grande, pois “fazer uma empresa pequena e uma empresa gigante dá o mesmo trabalho”. No caso da sua startup, a Cazamba, o começo não foi mesmo fácil, já que os sócios ficaram aproximadamente seis meses sem salário, mas, no fim do ano passado, faturaram cerca de R$ 2,5 milhões. “A Cazamba nasceu com a visão de revolucionar o mercado de mídia digital. Os sócios tiveram a percepção de que não existia uma forma muito efetiva das marcas se comunicarem com seus consumidores, destacando-se em relação aos concorrentes. Com esta ideia, resolvemos formar uma empresa de inovação em mídia digital, que tem por objetivo fornecer tecnologias que permitam as marcas se comunicarem com seus consumidores em formatos inovadores”, conta.

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