TBA faz parceria com a indiana Tata Sons e cria nova empresa

O Grupo TBA e a multinacional indiana Tata Sons uniram-se para formar a TCS Brasil (Tata Consultancy Services), para o desenvolvimento de softwares principalmente para as áreas de telecomunicações, governo e financeiro. Antes de fechar a parceria a TBA realizou pesquisa no mercado internacional em busca das melhores opções tecnológicas para a produção e integração de sistemas que assegurem qualidade aos clientes, aliados a baixo custo de implementação. O primeiro centro de desenvolvimento de software da TCS será montado em Brasília, e a idéia é montar outros centros nas cidades de Curitiba e Recife. Como trata-se de uma empresa nacional, todos os projetos desenvolvidos terão propriedade intelectual brasileira.

O executivo César Castelli, presidente da joint-venture, revela que a meta é de que no primeiro ano fiscal, a TCS Brasil tenha um faturamento de US$ 18 milhões. “Vamos primar pela qualidade como vantagem competitiva para alcançarmos esta meta através de serviço de outsourcing na área de TI”, comenta. Segundo Castelli, o programa de qualificação começou com a transferência de conhecimento entre brasileiros e indianos. Atualmente 20 profissionais da TBA estão em treinamento na sede da Tata, na Índia para repasse de tecnologia de produção de software. Além da integração entre a equipe de vendas da TBA com os profissionais indianos que atuam na área comercial.

Na avaliação de Bruno Basso, vice-presidente da TCS Brasil, o mercado consumidor nacional necessita de uma empresa que garanta a entrega da solução no prazo e no custo acertado. A joint-venture nasce com o objetivo de preencher esta lacuna, valendo-se da existência de um mercado nacional de R$ 1 bilhão ao ano, segundo dados do IDC, relativos ao ano 2001. Uma vez suprida a demanda do mercado nacional, a idéia é começar a exportar o desenvolvimento de software para outros países (off-shore software development), seguindo o exemplo bem-sucedido de Índia, Israel e Irlanda.

Um dos diferenciais da empresa indiana é ser certificada com o CMM (Capability Maturity Model) nível 5 – esse certificado é um indicador fundamental de qualidade na área de software. “O nosso objetivo é fazer com que os técnicos brasileiros obtenham no prazo de um ano, a certificação neste nível. Assim, teremos as condições de buscarmos espaço no mercado”, acrescenta Castelli. Segundo o executivo, no Brasil, a perda por retrabalho no desenvolvimento de software é de 40%, por causa de falhas no processo. Nos Estados Unidos e Índia, essa perda varia entre 4% e 5%.

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