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Thomas Lian, gerente geral de soluções de segurança e produtividade da Honeywell na América Latina

Tecnologia de tags pode ajudar a sustentar o crescimento do varejo brasileiro

Novidade lê dados usando sinal de rádio, permitindo que os usuários confirmem sua identidade para pagamentos seguros e sem contato, eliminando a necessidade de cartões de crédito ou dinheiro em transações 

Autor: Thomas Lian 

O varejo brasileiro continua a mostrar fortes sinais de recuperação após os desafios impostos pela pandemia. De acordo com dados da Serasa Experian, as vendas em lojas físicas no Brasil cresceram 2,6% em junho deste ano em comparação com o mesmo período de 2022. Além disso, um estudo realizado pela PwC sugere que as transações online podem experimentar um crescimento exponencial de mais de 140% até o final desta década.

Esse notável ressurgimento do setor foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo novos modelos de métodos de pagamento e mudanças nos hábitos dos consumidores brasileiros, ajudando o segmento a manter um crescimento estável. Uma dessas inovações é a tecnologia de Identificação por Radiofrequência (RFID), que utiliza chips eletrônicos incorporados em tags, como são comumente conhecidas. 

O RFID lê dados usando um sinal de rádio. Isso permite que os usuários confirmem sua identidade para pagamentos seguros e sem contato, eliminando a necessidade de cartões de crédito ou dinheiro em transações. A agilidade dessa tecnologia, com operações que podem ser concluídas em apenas alguns segundos, reduziu significativamente o tempo de espera do cliente durante as compras.

Além de ser útil na facilitação do processo de pagamento seguro nas lojas, os dispositivos também auxiliam no controle de estoque. Afinal, o processo de vendas começa com a disponibilidade de um produto em uma loja, seja ela física ou digital. No entanto, os níveis de inventário nem sempre refletem com precisão a realidade do estoque, e com os métodos de códigos de barras atuais, a contagem é manual e demorada, geralmente levando os varejistas a realizar esse processo apenas de uma a quatro vezes por ano. 

A falta de visibilidade e precisão do estoque pode ter consequências significativas para os varejistas, especialmente quando se trata de pedidos “clique e colete”. Imagine o seguinte cenário: um cliente faz um pedido online e deseja retirá-lo na loja. Devido a um erro, o item solicitado pelo consumidor não está mais disponível. Ao chegar à loja para retirar o pedido, o cliente fica extremamente frustrado com o erro, o que leva à insatisfação com sua marca. Em um mercado tão competitivo como o do Brasil, perder um cliente é um cenário indesejável. 

Nesse sentido, o RFID oferece uma maneira precisa de controlar o estoque, permitindo uma contagem mais rápida da quantidade exata de um produto e garantindo uma conexão direta entre o estoque físico e os sistemas dos varejistas, sem a necessidade de processos manuais. Isso reduz consideravelmente os potenciais erros. A tecnologia também ajuda a evitar a compra frequente em excesso de mercadorias feita para se precaver contra erros de contagem; assim, os varejistas podem economizar recursos e evitar a necessidade de oferecer grandes descontos nesses produtos em promoções, onde as margens de lucro são mínimas. 

À medida que o varejo brasileiro continua a se recuperar e prosperar, o RFID desempenha um papel crucial no impulso e sustentação do crescimento, oferecendo aos consumidores uma maneira rápida e segura de efetuar pagamentos, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios significativos aos varejistas.

Thomas Lian é gerente geral de soluções de segurança e produtividade da Honeywell na América Latina.

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