Telefonia móvel vai continuar crescendo


Longe de alguns boatos que ainda insistem em pregar que o Brasil vive à beira da saturação na telefonia celular, a verdade é que ainda existem muitas oportunidades a serem trabalhadas pelas operadoras e pelos fabricantes de aparelhos. Depois de o país ter fechado 2005 com 86 milhões de assinantes de celular e fevereiro deste ano com 88 milhões, José Luis De Souza, presidente da Fitec (fundação e centro de pesquisa) e diretor do site Teleco, prevê que deveremos chegar aos 106 milhões de assinantes até o final do ano e 170 milhões até 2010.

Mas o que há por trás deste cenário de crescimento para a telefonia celular brasileira? Souza explica que há vários fatores impulsionando o mercado, como as novas coberturas que estão por vir, o 3G que deve chegar com força total e a maior adesão das classes C e D, que estão descobrindo o celular graças aos varejistas que têm facilitado a aquisição via compras parceladas em até 10, 12 vezes. “Há ainda lugares onde a cobertura não é boa e o serviço deverá ser melhorado”, prevê Souza.

Embora o pré-pago hoje represente 80% da telefonia celular no Brasil, o crescimento deve ocorrer centrado nas duas modalidades, com possibilidade de ascensão maior para o pós-pago. O pré-pago está parando de crescer percentualmente. No ano passado, dos 20 milhões de novos assinantes conquistados, 16 milhões foram para o pré-pago, enquanto quatro milhões optaram pelo pós-pago. “A tendência é as operadoras subsidiarem pouco ou nada do pré-pago e bancarem pesado o pós-pago”, analisa Souza.

No ano passado, o Brasil produziu pouco mais de 40 milhões de aparelhos, sendo 10 milhões para exportação, 10 milhões para reposição e 20 milhões voltados aos novos clientes. Souza diz que a liderança do mercado continua com a Vivo, com um market share de 35% e revenue share de 35%.

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