O mercado nunca teve que se adaptar tão rápido quanto nos últimos anos, devido aos constantes avanços da tecnologia. Só que muitos, acreditando que a chave de tudo está na adoção de novas soluções, esquecem da importância do fator humano, ou seja, conhecer com quem se está trabalhando – seja externamente (clientes) ou internamente (colaboradores). Este tipo de atitude pode ser prejudicial exatamente pelo fato de algo que a tecnologia acentuou: não importa a geração da pessoa, todos ainda querem conversar. “A tecnologia pode ser uma importante aliada para facilitar o relacionamento com os clientes, já que possibilita um contato muito mais próximo e ágil com os consumidores. No entanto, cada geração se identifica com determinados tipos de canais de contato”, pontua Claudia Santos, diretora da EmovereYou.
Assim, nesse novo cenário do mercado, conhecer bem as diferenças de clientes e consumidores nunca foi tão importante. “Quando a empresa possui pessoas de gerações diferentes, ela consegue entender melhor as necessidades dos seus clientes. Além disso, no aspecto econômico, há um poder de compra e um potencial de mercado cada vez maior, já que é preciso encontrar maneiras de atender às diferentes gerações com suas características específicas”, comenta Claudia Santos, diretora da EmovereYou. Portanto, ela aponta como papel das organizações entenderem qual a melhor maneira de se relacionar com cada parcela do seu público, “o que contribuirá para fidelizar os clientes e facilitar a experiência neste relacionamento”.
Desta forma, é imprescindível que as empresas não esqueçam que seus colaboradores vão muito além de representantes da sua marca, mas também são seus consumidores, querem ser ouvidos e levados em consideração, cada qual com sua particularidade. Neste sentido, a diferença de idade trouxe questões importantes quando se fala do diálogo que deve existir constantemente entre empresa-cliente/colaborador. “Existe um choque muito grande de gerações dentro das organizações, que foi acentuado pelo uso das novas tecnologias. Isso afeta principalmente a produtividade corporativa, já que, muitas vezes, as pessoas mais velhas se sentem incapazes de dominar essas ferramentas. Por isso, as empresas precisam se adaptar a esse novo cenário e oferecer suporte aos seus funcionários, com treinamentos e capacitações sobre o uso dessas tecnologias”, comenta a diretora.
O trabalho em conjunto entre pessoas das mais diversas idades, bem como o conhecimento das mais diversas áreas, fazendo-se notar o quanto cada uma é interligada com a outra, é primordial para que um bom trabalho seja entregue aos clientes, além de gerar valor interno entre os colaboradores, na visão da executiva. “É importante destacar que a área de RH deve atuar em conjunto com o setor de tecnologia nas empresas para que todos os colaboradores sejam incluídos nesse processo de transformação digital. É necessário trabalhar com a experiência dos mais velhos e aproveitar a urgência e a criatividade dos mais novos. Para isso, a empresa deve criar programas de inclusão digital e preparar todos os colaboradores para lidar com essas inovações tecnológicas. A troca de experiências entre diferentes gerações é fundamental dentro de uma organização e pode contribuir para que ela se diferencie em um mercado cada vez mais competitivo”, conclui Claudia.