Um mercado novo, mas forte



O portal ClienteSA publica, a partir de hoje (02/02), uma série de matérias sobre as tendências de relacionamento com clientes no setor de luxo. Com entrevistas exclusivas, as matérias trazem as principais ações das empresas do setor em busca da fidelização dos clientes. As empresas que participaram são Air France, Dior, Company, Emporio Armani, Grand Hyatt, L´Occitane, Marriott, Montblanc, Restaurante Eça, Rimowa e Tiffany. Além disso, traremos dados da pesquisa recém lançada “Perfil do consumidor de luxo no Brasil”, realizada pela Ipsos, multinacional francesa de pesquisa, e LMC (Luruxy Marketing Council).

 

Segundo dados da GfK Indicator, o mercado de luxo no Brasil movimentou R$ 5 bilhões, em 2007, crescimento de 17% em relação ao ano anterior. No mundo, esse valor sobe para R$ 413 bilhões. Outra prova do crescimento desse mercado é que o Brasil está entre os países que mais cresceram em número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão. De acordo com o “2008 World Wealth Report”, o número de milionários passou de 120 mil para 143 mil, no período 2006 para 2007. E estima-se que pelo menos outras 250 000 pessoas possuam patrimônios de US$ 500 mil, segundo estudo da consultoria Capgemini.

 

Dentro dessa perspectiva, é fundamental para as empresas desse setor que estejam familiarizada com os hábitos de consumo e estilo de vida dos ricos e das classes de maior poder aquisitivo, a fim de surpreender e encantar clientes em cada um dos contatos com a marca. “Hoje o consumidor de luxo, além de querer inovação, design, marca de prestígio e a incorporação rápida de novas tendências no produto, está mais bem-informado, têm a sua disposição inúmeras fontes de pesquisa, muito mais parâmetros para avaliar um produto ou serviço que lhe toque o coração. Prefere comprar marcas cuja origem e confecção sejam íntegras, o que significa que os valores morais das empresas são levados em conta na preferência”, conta Luz Vaalor, diretora e consultora da Valor Luxury Management.

 

Segundo Vaalor, no Brasil a busca do consumidor por produtos de luxo ainda têm uma demanda reprimida por isso o índice de sucesso dos novos empreendimentos no mercado é bastante alto. “No entanto, o Brasil é um país de extrema agilidade e emprendedorismo e se atualiza constantemente. Todos os dias há novos empreendimentos sendo abertos e a concorrência em alguns segmentos já é bastante considerável. Porém, há a meu ver muito espaço para crescer e trazer novas marcas em quase todos os segmentos da cadeia de luxo”, explica.

 

Para ela, a competição se situa dentro do próprio segmento de luxo, onde as marcas internacionais levam vantagem em relação ao luxo nacional, “principalmente pela imagem e infra-estrutura das marcas internacionais e pela capacidade que elas têm em incorporar rapidamente as novidades aos produtos e serviços”. Vaalor conta que o investimento no Brasil em novas lojas de varejos e novos sistemas de distribuição de produtos ainda é tímido comparando a outros paises como França, Itália e Estados Unidos. Outro fator a destacar que os empreendimentos de luxo ainda estão muito concentrados nos Estados dos Sul do País, como São Paulo e Rio de Janeiro, havendo muito para cresces em termos regionais.

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