Uma oportunidade para os menores

Muitos falam sobre o quanto as grandes empresas podem ter mais vantagens em relação às pequenas e médias. E, de fato, elas possuem uma maior força de investimento em tecnologias, melhorias e em estratégias de marketing. Mas, nem por isso, as PMEs não possuem seus pontos positivos, pois quanto maior for a organização, maior será a complexidade de gerir, por exemplo, sua base de clientes. Ainda mais nesse momento, em que as relações estão sendo cada vez mais levadas para o lado mais humanizado, saber e conhecer muito bem todos os perfis dos consumidores é essencial. Um processo que pode ser mais facilmente administrado pelas pequenas.
Segundo o diretor executivo da Anova Pesquisa, Ricardo Nobre, o marketing Human to Human é uma oportunidade para esses negócios menores, uma vez que quanto mais consumidores, mais árduo será o trabalho, pois haverá uma maior dispersão de nichos do público. “Novos e pequenos negócios podem focar e compreender consumidores que se agrupam em perfis demográficos e psicográficos similares. O marketing H2H visa a personalização, porém sem perder a escalabilidade da solução. Neste sentido, os negócios menores tem a chance de compreender e atender de forma mais eficiente”, afirma. Principalmente porque, em sua visão, o futuro do mercado promete ser com um maior foco na persona do público, assim como no investimento de um propósito, uma causa que seja mais relevante para o consumidor do que apenas consumo. 
Ou seja, será o momento das marcas terem uma aproximação mais unida e humana, com menos aspectos entre empresa e cliente. Agora são pessoas com pessoas. E as PMEs devem aproveitar esse novo momento do relacionamento para conquistarem mais espaço e atenção. “Buscar, desde o princípio, essa identificação com o público é a base para o desenvolvimento do empreendimento e será mais fácil realizar e manter estratégias mais humanizadas com soluções objetivas e buscadas pelos clientes”, acredita Nobre. Além disso, com o H2H, o executivo vê que a estrutura de hierarquização das empresas deverá deixar de existir, passando para uma arquitetura mais horizontalizada e com foco na coletividade.
O que, mais uma vez, pode ser mais bem empregado pelos pequenos empreendedores, já que tais mudanças também requerem modificações culturais na companhia. “De forma alguma essa estrutura extingue o quadro estratégico de executivos da empresa, porém a função do alto escalão da instituição passa a ser mais focado em monitoramento, curadoria e potencialidade”, diz. “Não por menos, negócios que se mostram mais inovadores são os que apostam na coletividade e compartilhamento dos serviços realizando o marketing H2H.” Como é o caso de empresas tal qual Uber, Eduk ou Cammada. “Observe o que todos têm em comum: personalização de acordo com o nicho de mercado, este é o desafio do marketing H2H, atender a questão da humanização personificada, sem perder a escala e viabilidade financeira do negócio”, finaliza o executivo.

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