Uma relação institucional

Em clube de futebol, o esporte acaba sendo o principal foco e, claro, o maior patrimônio. Porém, de alguns anos para cá, voltou-se a atenção aos torcedores. Eles sempre foram valorizados, mas, hoje, são muito mais. O que atesta isso são os programas de sócio, algo que só cresce com o passar do tempo, estreitando a relação extra-campo.  “Enxergamos nossos torcedores como nosso maior patrimônio e os tratamos como clientes diferenciados”, garante Roberto Natel, vice-presidente social e de esportes amadores do São Paulo.
O clube paulista passou recentemente por mudanças no seu programa de sócio-torcedor, tornando-o mais simples, além de aumentar o número de vantagens. Consequentemente, mais são paulinos aderiram ao projeto. “Nossa intenção vai além de aumentar o número de adeptos. O clube pretende, nesta nova fase do projeto, fidelizar seus sócios”, explica Natel. Além das vantagens, o clube vem apostando em concursos culturais para agregar novos torcedores ao projeto e angariar mais dinheiro à receita do clube. Para isso, o clube utiliza as redes sociais. “As páginas do São Paulo comportam um número de usuários maior que a própria base de sócios. Desta forma, quem não é sócio acompanha e percebe as ações, algo que os motiva a se associar”, diz o VP.
Hoje, apesar de o novo projeto ter dado uma guinada no programa do clube, o quadro de sócios ainda é baixo: pouco mais de 20 mil, segundo o site do Movimento por um Futebol Melhor. A fan page do time, por exemplo, possui mais de três milhões de “curtir”. Para conseguir ter uma penetração maior e aumentar o número de fãs além das redes, o time prepara uma nova campanha para ser vinculada em rádios e mídias sociais. “Pretendemos ampliar nosso alcance e criar novas experiências, mas sem deixar de executar nossas ações culturais fixas”, reitera.
Um dos grandes auxiliadores do acréscimo de sócios foi o Movimento por um Futebol Melhor, que proporciona aos participantes do programa em seu clube de coração descontos em vários produtos. Apesar de reconhecer o aumento considerável de sócios devido ao projeto, Natel acha que o movimento, liderado pela Ambev, poderia oferecer mais. “Ainda é muito pouco frente a capacidade e a estrutura montada para tal”, afirma.

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