De acordo com o estudo, apenas 14% dos indivíduos que já acessaram a Internet declararam ter adquirido bens e serviços pela rede pelo menos uma vez na vida, percentual que somava pouco mais de 15% em 2005. “E ainda é menor o número de pessoas vendendo ou divulgando produtos e serviços pela rede, cerca de 3,7%, e na sua maioria homens, pessoas com maior escolaridade e de classe social mais alta”, afirma Mariana Balboni, gerente do CETIC.br.
O percentual da população brasileira que usou serviços de governo eletrônico nos últimos 12 meses também se manteve estável em relação ao ano anterior, somando 12,1% – lembrando que foram consultados apenas indivíduos com mais de 16 anos, que estão em idade para se relacionar com órgãos públicos. “As atividades de governo eletrônico e de comércio eletrônico estão diretamente relacionadas a fatores sócio-econômicos, ou seja, sua penetração cresce conforme aumentam a classe social, a renda e a escolaridade”, explica Mariana.
Comércio eletrônico – O percentual de internautas que realizaram compras na Internet nos últimos 12 meses (11,3%) manteve-se igual de 2005 para 2006. O uso da rede para atividades de comércio eletrônico é mais freqüente entre indivíduos com maior nível de escolaridade e renda: entre os internautas da classe A, 40,5% compraram pela rede, enquanto somente 10,8% dos usuários de classe C informaram ter adquirido bens e serviços pela internet.
Livros, revistas ou jornais continuam na lista dos produtos mais comprados pela internet, segundo 30% dos consumidores internautas, seguidos por equipamentos eletrônicos, 23,6%, filmes e músicas, 20,8%, e computadores e equipamentos de informática, 19,3%. A forma de pagamento mais comum é o cartão de crédito, 49,5% (em 2005, 47%), sendo que um percentual significativo ainda se utiliza de boletos bancário, 39% (em 2005, 35%).