Interação, colaboração, conteúdo participativo. É em cima do significado destas palavras que está uma nova geração de sites, a atualmente tão declamada web 2.0. A idéia é colocar o usuário, por muitas vezes um potencial consumidor, diretamente ligado com a marca ou criar atalhos para que ambos se encontrem com mais eficiência.
Mas até que ponto esta web 2.0 pode ajudar uma empresa? Como a interação, a colaboração e o conteúdo participativo que ela proporciona podem ser atrativos na prática? Talvez com a elucidação de alguns pontos deste novo modo de fazer web possamos desvendar um pouco mais suas potencialidades.
Um dos setores do mundo virtual em que a web 2.0 se faz mais presente é na existência dos blogs. Hoje várias empresas apostam neste formato para se comunicarem com os consumidores e, com ele, incentivam a participação do usuário, seu cliente, para avaliar os produtos. Ora, o que é melhor para o vendedor do que a opinião direta do comprador para moldar o produto?
Simplificar o acesso ao conteúdo de um site também é uma das características da web 2.0. Para tal, apresentam-se os Feeds, ou os RSS Feeds. Basicamente, eles colocam na cara do consumidor as informações que este deseja.
O processo é simples. O internauta cadastra os sites de onde quer receber informações em um programa específico ou no navegador para a leitura do RSS. A partir daí, neste único programa ou browser, o consumidor passa a receber todo o conteúdo solicitado atualizado e em tempo real.
Importante dizer que o site deve disponibilizar seu conteúdo em RSS para que o processo funcione. E não estão apenas na relação usuário-marca os benefícios da web 2.0. Dentro das empresas, esses novos conceitos podem ajudar na produtividade e no gerenciamento de conhecimento, pois facilitam troca de qualquer tipo de informação entre os colaboradores.
Para tal, existem os wikis, como o da Wikipédia, que possibilitam ao usuário alterar o conteúdo de um site. Para as empresas, uma excelente maneira de gerir e distribuir conhecimento, um tremendo desafio hoje em dia. Na prática, os wikis permitem que os funcionários de uma empresa vão agregando novos conhecimentos adquiridos em um site acessível a todos, colocando um ponto final na “sonegação”, consciente ou não, de informação e contribuindo para a integração geral da empresa.
Por que eu quero? Os sites web 2.0 são mais do que um título, eles envolvem muitos conceitos, tecnologias e estratégias. Assim, se você tomou contato com este assunto agora, porque todo mundo está falando disso, não pense na necessidade de ter um site web 2.0 apenas pelo alarde da mídia, avalie melhor os desejos e os objetivos que pretende alcançar. O limite entre o que é e o que não é web 2.0 ainda não é muito claro, mas ter em mente o que este jeito de fazer sites pode proporcionar como resultado com clareza e objetividade aumenta suas chances de ter um retorno do investimento mais significativo.
Anderson Bordim é gerente de planejamento da agência de comunicação visual Cappuccino/HZTA.