Se a cidade inteligente é a solução mais eficiente para as pessoas nos novos tempos, o caminho para chegar até ela ainda é longo e traz consigo muitos desafios. Um deles é a questão da educação, como apontou André Marques, country manager da Englishtown Brasil, no debate que aconteceu após a palestra de Ernani Uemura, diretor corporativo da NEC, no segundo painel do XI Encontro com Presidentes, realizado ontem (22), em São Paulo. Marques apontou que esse desafio vai desde a mudança na forma de distribuir os recursos para educação, até o modelo de ensino, que com o avanço das tecnologias, permite chegar ao aluno pela internet, inclusive por um smartphones. “É importante uma convergência entre empresas e governo para conduzir essa mudança da melhor maneira possível”, alertou.
Acompanhar toda essa evolução também é um ponto a ser vencido pela área da saúde. “Esse é um grande desafio para nós, porém não deixar de ser uma obrigação fazermos parte dessa mudança”, afirmou Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed. Ele citou como exemplo dessa busca o fato de hoje o cliente da empresa consegue fazer o agendamento de consultas totalmente de forma digital, sem a necessidade de haver um deslocamento até o consultório médico. Os próximos passos, Akl acha difícil imaginar, mas acredita que muita coisa deve mudar na experiência dos clientes. “Quem sabe a consulta não seja feita com o paciente em sua casa via vídeo-chamada”, prevê.
Ao aliar tanto a questão da educação com a saúde, Luiz Gonzaga, presidente da Loga, pontuou que seu desafio é tão grande quanto os demais. Ele explicou que a questão do tratamento dos resíduos é muito séria no Brasil, pois o brasileiro é o campeão de desperdício. “Dessa forma, preciso educar as pessoas e cuidar para que não tenham problemas de saúde. Ou seja, nosso problema não é só de logística como se poderia imaginar. Até por isso, nos metemos nessa história de smart city”, comentou. Com uso da tecnologia, a empresa criou novos modelos de recolhimento dos resíduos para evitar que se acumule lixo nas ruas.
Aliás, a importância da tecnologia nesse novo cenário é grande, segundo Herberto Yamamuro, presidente da NEC, que moderou o painel. “A TI pode e deve contribuir com a construção de um país mais forte”, destacou. No entanto, Marcelo Ramos, general manager da GXS Latin America, salienta que é fundamental nesse processo a integração das soluções para dar suporte a esse novo cenário. “Hoje não é possível ter uma gestão inteligente sem a integração das tecnologias, que permita automatizar todos os processos”, completou.