O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado todos os meses pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) com seus associados, aponta alta de 3% em novembro, em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de vendas também deve crescer 3,2% em dezembro e 5% em janeiro de 2012, em comparação com os mesmos meses de 2010 e 2011, respectivamente. Os associados apontaram, novamente, uma desaceleração da atividade econômica e, por consequência, da atividade varejista, resultado da instabilidade na conjuntura econômica internacional, que segue como uma incógnita.
Assim como as sondagens anteriores e os resultados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), o segmento de bens não-duráveis continua apontando crescimentos tímidos e até mesmo números negativos. Os associados projetam uma queda de 1,7% em novembro e um crescimento de 1,6% em dezembro e 2,9% em janeiro, sempre em comparação com os mesmos meses dos anos anteriores. Vale ressaltar que, historicamente, este setor tem o maior peso nas medições do IBGE e contribui com cerca de 40% no índice da PMC.
O segmento de bens semiduráveis, como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, estima crescimento entre 2,1% e 6,1% entre novembro deste ano e janeiro de 2012. O varejo de bens duráveis, como móveis, eletrodomésticos e material de construção, mantém perspectivas bem positivas que os demais segmentos, com taxa de crescimento entre 7,5% e 10,3% até janeiro.
As indefinições sobre as medidas de resgate das economias dos países da zona do Euro afetados pela crise da dívida pública seguem sendo a tônica do noticiário internacional e, por consequência, afetam fortemente as decisões dos agentes econômicos. Apesar da aprovação do plano de resgate europeu, a perspectiva de curto e médio prazos segue de estagnação da economia européia.