O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado todos os meses pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) com seus associados, aponta alta de 4,5% em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de vendas também deve crescer 5,2% em novembro e 4,4% em dezembro, em comparação com os mesmos meses de 2010. Mais uma vez, os associados evidenciaram uma desaceleração da atividade econômica e, por consequência, da atividade varejista, resultado da instabilidade na conjuntura econômica internacional, que ainda permanece indefinida.
Assim como as sondagens anteriores e os resultados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), o segmento de bens não-duráveis estima crescimento de até 1,1%, índice muito mais discreto do que os outros segmentos. É importante salientar que, historicamente, este setor tem o maior peso nas medições do IBGE e contribui com cerca de 40% no índice da PMC.
O segmento de bens semiduráveis, como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, estima crescimento entre 4% e 11% para os próximos meses, com alta do ritmo de vendas em novembro. Já em dezembro, com as festas de final de ano, as estimativas diminuem para 5,6%. O varejo de bens duráveis, como móveis, eletrodomésticos e material de construção, contrasta com os outros segmentos e mantém perspectivas positivas para os próximos meses, com taxa de crescimento médio de 10,1% até dezembro.
Mais uma vez, o noticiário econômico tem sido dominado pelas indefinições das medidas de resgate das economias mais afetadas pela crise da dívida da Zona do Euro e a consequente estagnação econômica. Numa perspectiva de curto e médio prazos, os agentes econômicos preveem um longo período de estagnação para as economias européias, principalmente Alemanha e França.