Autor: Luiz Fernando Foresti
Falando o óbvio: todos os segmentos de mercado são afetados pelo comportamento de toda a economia, sem exceção, mesmo que com variações. Por isso, assim como os demais setores que buscam encontrar soluções para enfrentar as variações do mercado, o varejo vive uma crescente necessidade de investimentos em novos processos de negócios, para que estes permitam trazer melhores resultados. É também um setor que pode servir de termômetro do comportamento da economia, seja a movimentação da inflação ou do poder aquisitivo dos salários. Ambos os fatores afetam diretamente nos resultados das vendas.
Esta volatilidade vivida pelo varejo também impulsiona os gestores de negócios a buscar ferramentas de trabalho para entender o seu mercado, apurar os resultados, promover ajustes em todas as etapas dos processos de negócios, desde a escolha dos fornecedores, das promoções de vendas, abastecimentos dos estoques, entre outras tarefas, sem falar na necessidade de atendimento às constantes alterações da legislação imposta pelos fiscos estaduais, que são distintas em cada um dos 26 Estados.
Alguns números para ilustrar o nosso caminho: as vendas do comércio varejista no ano passado cresceram 4,3%, segundo o IBGE, e o volume de vendas foi o pior crescimento anual desde 2003, quando foi verificada queda de 3,7%. No entanto, entre 2005 e 2012 o crescimento médio anual é de 7,9%, movido pela estabilidade econômica neste ao longo das últimas décadas. O crescimento também vem promovendo uma série de fusões e aquisições, o que afeta diretamente toda a sua cadeia produtiva. E também no modo como os gestores tratam de administrar os seus negócios.
Com a estabilidade da economia brasileira, o varejo vem conquistado um crescente número de novos clientes, agora mais fieis, vindos das classes D e E, graças ao aumento dos salários na última década. Isso pode representar uma contradição, mas as variações nos resultados das vendas são comuns em todos os setores, e os gestores devem estar sempre atentos e preparados para dar respostas à altura das necessidades de cada ocorrência. Por isso, as contradições também devem ser levadas em conta pelos varejistas na hora de fazer o seu planejamento.
Por isso podemos afirmar que o cenário volátil dos negócios impulsionam os fabricantes de software a investirem na melhoria de seus sistemas, visando garantir a oferta das tecnologias necessárias para a gestão global do negócio, envolvendo a inteligência de negócios, relacionamento com clientes, atendimento às constantes alterações da legislação municipal, estadual e federal, entre outros itens, além dos espinhosos assuntos fiscais, como o SPED, que aumentou a necessidade destas empresas de investirem em melhores sistemas para atender ao Fisco.
Do outro lado do balcão, os profissionais de TI das empresas do varejo, atuam na maioria dos casos como tábua de salvação para dar resposta às demandas tecnológicas. Precisam acompanhar o ritmo da valsa: agora miram sistemas que vão além do básico do que se vê hoje, com muitos varejistas usando inúmeros sistemas para diversas tarefas, uma verdadeira colcha de retalhos, o que acaba trazendo muitas dificuldades na hora de gerenciar esta infraestrutura. Isto porque muitas soluções acabam não tendo todas as funcionalidades necessárias para uma moderna gestão dos negócios, envolvendo funcionalidades de BPM, inteligências de Negócios (BI), Mobilidade e Nuvem, entre outras aplicações.
A evolução dos negócios do varejo exige muito mais que PDV, frente de caixa, estoques etc. Agora dependem de aplicações avançadas, preparadas tecnologicamente para acompanhar a alta demanda de entrega de recursos modernos, baseadas nas melhores práticas de negócios atuais.
Luiz Fernando Foresti é gerente de vendas para o varejo da Sispro