O comércio varejista do País registrou crescimento de 15,62% em junho na receita nominal de vendas, em relação a igual mês do ano anterior, e 12,80% no volume de vendas. O setor encerra o primeiro semestre do ano crescendo 10,92% em sua a receita nominal e 9,33% em seu volume de vendas, sempre em relação ao mesmo semestre de 2003. Essas taxas de crescimento são as mais altas desde 2001, tanto para o mês quanto para o semestre. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o resultado positivo registrado pelas vendas é decorrente de melhores condições do crédito ao consumidor, com aumento de prazo de pagamento e taxas de juros menores.
No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo cresceu 11,40% na receita e 3,31% no volume de vendas. As taxas também foram positivas nos dois trimestres de 2004, e o ritmo de crescimento de um trimestre para o outro aumentou. Tal evolução atingiu todas as atividades, com exceção de combustíveis e lubrificantes.
Esse foi o primeiro semestre com resultado positivo do varejo, dos sete que compõem a série da Pesquisa Mensal de Comércio. Todas as atividades pesquisadas expandiram-se no período, com destaques para móveis e eletrodomésticos (29,40%) e veículos, motos, partes e peças (16,68%).
O resultado positivo de junho foi generalizado nas regiões e setores. Cresceram vinte e seis das 27 Unidades da Federação, e as maiores taxas de variação do volume de vendas ocorreram no Acre (32,82%), Rondônia (27,43%), Mato Grosso (26,37%), Maranhão (23,68%) e Amazonas (22,76%). Mas os maiores impactos sobre a taxa global do varejo vieram de São Paulo (12,77%), Minas Gerais (15,16%), Rio de Janeiro (9,19%), Rio Grande do Sul (7,94%), Paraná (15,65%) e Santa Catarina (16,24%). A única queda foi em Roraima (-9,98%).
Nas atividades cuja base de dados do IBGE tem início em 2000 (série encadeada), o destaque do mês coube, mais uma vez, ao segmento de móveis e eletrodomésticos, com crescimento no volume de vendas de 36,31% sobre junho de 2003. Tecidos, vestuário e calçados (14,15%), hipermercados, supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,78%) e combustíveis e lubrificantes (7,80%) vieram a seguir. A atividade veículos, motos, partes e peças, que não entra na composição da taxa global por não ser um ramo tipicamente varejista, continua crescendo bem acima da média do setor: 28,83% sobre igual mês do ano anterior.
Para as novas atividades pesquisadas, cuja base de dados é a amostra selecionada em janeiro de 2003, as taxas mensais de junho deste ano em relação a junho de 2003 foram: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (39,04%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (21,66%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,06%); material de construção (9,85%) e livros, jornais revistas e papelaria (2,64%).