Você precisa do seu banco?

Autor: Norberto Giangrande
A maioria das pessoas que lê este artigo certamente tem uma ou mais contas correntes em banco. No dia a dia, ela é usada para diversos fins: pagar gastos mensais, compras diárias, realizar transferências bancárias para outras contas correntes utilizando os Docs e Teds e contratar crédito para comprar um carro ou um imóvel, etc. Além desses serviços, também é possível que qualquer um de nós façamos nossos investimentos por meio da instituição, com a compra de fundos ou CDBs dos próprios bancos que temos conta. São realmente muitas possibilidades fornecidas por uma única companhia.
Entretanto, vale lembrar que para prestar cada um destes serviços o banco cobra algumas taxas, como manutenção da conta corrente, juros para operações de crédito e taxas de administração de fundos de investimentos. Além delas, vez ou outra seu gerente tenta te convencer a comprar alguns títulos de capitalização com rendimentos ínfimos, não é? Isso tudo faz parte do negócio dos bancos e, como eles sobrevivem por meio disso, cobram muito bem por todos estes serviços. Assim, uma dúvida pode surgir: você realmente precisa de um banco para ter acesso a todos estes recursos?
A resposta varia conforme o serviço. No caso de movimentação bancária e pagamento de contas, por enquanto, sim. Digo “por enquanto”, pois provavelmente em um futuro não tão distante algumas empresas não bancárias, como as corretoras e empresas de meios de pagamento, poderão prestar este serviço. Quando falamos da disponibilização de crédito, a resposta também é sim, pois esta é a natureza dos bancos, saber dar crédito de maneira segura para seu cliente.
Mas, quando pensamos em investimentos – independente do montante que tenha disponível para isso – a resposta é outra: não há a necessidade de usar um banco. Apesar de essa ser uma das ofertas de tais instituições, elas não são as únicas a prover alternativas de investimento e nem as melhores. Normalmente, o banco vende somente produtos de investimentos próprios e, via de regra, cobram taxas que reduzem a rentabilidade do cliente. Exemplo disso é o Tesouro Direto, com uma cobrança que varia de 0,40 a 0,50%, enquanto em uma corretora gira em torno de 0,10%. Eles não vendem produtos de outros bancos e fundos de investimentos de gestores independentes, que geralmente possuem uma performance melhor que os fundos dos bancos.
Apesar disso, muitas pessoas ainda investem seu dinheiro via bancos. Isso acontece por conta da comodidade e do mito que produtos financeiros que propiciam melhores retornos estão disponíveis somente para quem tem altos valores para investir, principalmente via corretoras. Por oferecer um serviço mais direcionado e personalizado, há o estigma de que esse seja um atendimento caro. No passado pode ter sido, porém a internet mudou este cenário.
 Hoje, por menor que seja, o investidor tem acesso pela internet às empresas especializadas em aconselhamento financeiro de maneira rápida e simples com apenas alguns “cliques”. Estas plataformas abertas, que vendem produtos de diversos bancos e gestores, distribuem produtos financeiros acessíveis, como letras de crédito imobiliário e do agronegócio, tesouro direto e fundos de investimento dos mais renomados gestores do mercado brasileiro. Ainda oferecem apoio contínuo à carteira de cada cliente, mantendo sempre as opções mais rentáveis, além de prover noções efetivas de educação financeira, algo de suma importância para que tenhamos cada vez mais investidores em nosso país. Com tudo isso, tais plataformas podem trazer retornos substancialmente maiores do que os investimentos deixados por conta do gerente de seu banco.
Por isso, antes de confiar seu dinheiro – e consequentemente seu futuro – a alguém, pesquise as diversas opções de mercado e encontre a mais adequada ao seu estilo de vida, perfil e objetivos. Certamente você encontrará confiáveis plataformas de investimento que contribuirão com sua rentabilidade e conhecimento sobre o mercado financeiro. Bons investimentos!
Norberto Giangrande é sócio da Rico.com.

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