Inovar é uma palavra que parece ter caído no gosto de executivos, empreendedores e até da população. Mas os consumidores realmente sabem o que é inovação? Um tema amplo, engana-se quem acha que inovar é apenas criar um novo produto ou serviço. É muito mais do que isso, pois envolve conceito. Através da entrevista com 1.827 pessoas, chegou-se à conclusão que o termo inovação é constantemente associado a palavras e conceitos como: tecnologia, mudança, novidade, modelo, novo e criatividade. Segundo apresentou uma pesquisa feita pela Opinion Box.
O objetivo foi entender como os internautas brasileiros percebem e se comportam diante de novos produtos e serviços. Assim, as pessoas também consideram como marcas inovadoras: Apple, Samsung, Google, Sony, Microsoft, Motorola, Brastemp, LG, e outras. De acordo com a análise de Felipe Schepers, COO do Opinion Box, há, claramente, um domínio das marcas de tecnologia no entendimento das pessoas. “Na hora de citar empresas inovadoras, as marcas mais lembradas são as de tecnologia. Fora desse mercado, ganham relevância nomes como Brastemp, Fiat, Coca-Cola, Nestlé, Chevrolet, Ford e Nike, entre outras”, explica.
Além disso, os entrevistados apontaram frases com as quais mais se identificassem. Para 84% dos entrevistados não existe inovação sem criatividade. Já 79% disseram que inovação não precisa ser algo totalmente inesperada, mas que ajude ou melhore o dia a dia. Outros 74% disseram que um serviço inovador precisa ir além das expectativas e 71% das pessoas acreditam que todo lançamento de produto ou serviço precisa trazer alguma inovação. Em contrapartida, para 70% dos entrevistados inovação não precisa ser algo totalmente surpreendente. Pode ser apenas uma melhoria em algo que já existia. Já para 67% dos respondentes, a sustentabilidade caminha ao lado da inovação; 66% das pessoas afirmaram que quando encontram um produto inovador, geralmente procuram saber se alguém já usou antes de comprar e, para 52%, inovação é um produto totalmente diferente do que já se viu.
O interessante é que para 48% das pessoas os food trucks podem ser considerados algo inovador. Para 36% são as paletas mexicanas. Enquanto 45% dos entrevistados acreditam que inovação passa necessariamente por tecnologia. Já 31% gostam de ser os primeiros a comprar produtos e serviços inovadores e 45% estão dispostos a pagar mais por algo inovador. Por outro lado, 38% dos entrevistados entendem que inovar significa reduzir custos. E, por fim, para 15% das pessoas, somente empresas de tecnologia conseguem ser inovadoras.
Os respondentes também foram convidados a avaliar algumas situações e apontar se elas podem ou não ser consideradas inovadoras. Do total, 81% consideraram muito inovador criar aplicativos de serviços como os que são utilizados para chamar táxi, reservar mesa em restaurante ou controlar as finanças pessoais. Já 77% também apontaram considerar como inovador uma empresa lançar um canal de comunicação com seus consumidores através de aplicativos para celular. Para 76% das pessoas, os lançamentos de novos sabores ou fragrâncias de produtos também podem ser considerados inovadores, assim como para 70% dos entrevistados, uma loja física lançar uma loja virtual é sinal de inovação.
Porém, as opiniões também ficaram divididas. Para 60%, uma empresa firmar parceria com uma grande empresa internacional é algo inovador. Para metade dos entrevistados, lançar uma nova embalagem para um produto pode ser inovador, enquanto para os 50% restantes, não é! Por fim, 82% das pessoas não consideram inovador uma empresa lançar um novo produto em sua linha se ele já existia em marcas concorrentes.
Schepers afirma e observa pelos resultados da pesquisa que ao considerar um produto ou serviço inovador as pessoas manifestaram sentimentos como curiosidade, satisfação, vontade de experimentar, alegria, desejo, necessidade de compra, felicidade, etc. “O fato é que inovar pode ser simples se você conhece o seu consumidor. Há uma carência de marcas inovadoras, especialmente quando falamos de empresas fora do segmento de tecnologia. No entanto, vale ficar atento para que a inovação seja útil e ajude a melhorar o dia a dia e, principalmente, não seja caro”, avalia o executivo.