Se caso você pudesse ter apenas um aplicativo dentre todos que tem em seu smartphone, qual seria? Para 48% dos brasileiros ouvidos em uma pesquisa da Opinion Box, o Whatsapp aparece como principal opção. Sendo o mais escolhido. O Facebook apareceu no segundo lugar, mas foi citado apenas por 9,6% dos casos. Segundo explica Felipe Schepers, COO da empresa, a novidade no ranking dos 10 apps favoritos dos brasileiros foi o surgimento do Snapchat na 10ª posição. Sendo citado por 0,8% dos entrevistados como a ferramenta que eles desejariam ter se pudessem ter apenas uma.
O objetivo do estudo é justamente o de mostrar o comportamento que os brasileiros têm nas telas dos seus smartphones. O que revela, e muito, sobre seus hábitos de consumo. O material foi feito com 1.958 entrevistas online, com pessoas que acessam internet e possuem o dispositivo móvel. Do total ouvido, 82,6% são usuários de Android; 9,2% usam iOS; 6,4% têm Windows Phone; 1% não soube dizer e 0,8% usa outros. Além disso, 98% dos participantes afirmaram ter baixado algum aplicativo no próprio smartphone, 17,6% já compraram um aplicativo e 44,1% disseram já ter feito compras de bens virtuais dentro de um app.
Apps na primeira tela
A pesquisa ainda identificou que os aplicativos na home dos smartphones estão ficando cada vez mais variados. Dos 20 apps encontrados com mais frequência na primeira tele, 14 perderam participação em comparação com a edição anterior, feito há seis meses. Desses apenas dois tiveram variações dentro da margem de erro da pesquisa: Bradesco e Candy Crush. Os outros 12 registraram quedas maiores que 2,2 pontos percentuais, margem de erro da pesquisa.
Entre os cinco primeiros da lista (Whatsapp, Facebook, Instagram, Facebook Messenger e YouTube), percebe-se que já havia acontecido uma queda no levantamento anterior, à exceção do WhatsApp. “Entendemos que houve certa maturidade do mercado brasileiro de apps móveis. Conforme os usuários aprendem a manusear e a utilizar o smartphone, vão conhecendo novos aplicativos e mudando suas preferências, o que provoca a troca dos ícones que mantêm em sua home”, explica Schepers.
Compra de apps
Os entrevistados foram ainda questionados qual foi o último aplicativo que haviam comprado. Segundo o executivo, o problema é que muitos não se lembravam do nome. Ainda assim, 6,2% disseram que não sabiam, 6,2% responderam de forma genérica que havia sido um “jogo”, sem citar o nome. Nenhum título registrou proporção superior a 2,5%. Mais uma prova da grande pulverização do universo de apps pagos. “É interessante notar a variedade das categorias dos apps pagos mais mencionados. Há desde aplicativos de edição de imagens até players de música, passando por uma calculadora de matemática financeira, um launcher e um app de karaokê. Os entrevistados citaram também apps de modelo freemium, como Spotify e o Sing! Karaokê”, diz.
Games
Já sobre os jogos, 66,5% declaram que costumam jogar games móveis. A prática é mais comum entre as mulheres (69,5%) do que entre os homens (63,6%). Bem como a proporção é maior entre os mais jovens: 72,8% na faixa entre 18 e 29 anos; 67,2%, entre 30 e 39 anos; e 47,1%, entre aqueles com mais de 50 anos. Um fato chamou a atenção nessa categoria: tradicionalmente, os games têm vida útil curta, porém, o Candy Crush se destaca como exceção. Há quatro anos no mercado brasileiro, o jogo é o mais utilizado pelos brasileiros em seus smartphones – citados por 15% como o game que mais acessam.
Entretenimento
No quesito entretenimento, 18,8% dos internautas brasileiros afirmaram que assinam algum serviço, com pagamento de mensalidade, cujo conteúdo é acessado predominantemente através do dispositivo móvel. Nos últimos seis meses, chama a atenção o crescimento do Netflix e do Spotify. O primeiro é assinado agora por 59,8%, sendo que na pesquisa anterior eram 45,1%. O outro, por sua vez, passou de 10,5% para 20,8%, podendo ser considerado como principal player no segmento de streaming de música no Brasil.
Entre os canais de TV por assinatura, o Telecine Play já não é mais o único app presente entre os mais citados. O recém-lançado EI Plus é seu novo companheiro. “A grande surpresa foi a aparição do WhatsApp em quinto lugar, citado por 2,5% dos entrevistados como sendo um serviço de entretenimento pago. A possível explicação estaria na criação de grupos com temas específicos, que cobram para aceitar participantes”, informa COO.
Hábito de compra
O hábito de comprar um app é mais comum entre homens do que mulheres: 22% dos homens disseram já ter pago por um aplicativo alguma vez, contra apenas 13,2% do público feminino. Já no caso das compras de bens virtuais dentro de aplicativos, 46,2% dos homens disseram já ter efetuado contra 43,8% das mulheres. Quando o assunto é assinatura de serviços de entretenimento pelo smartphone, novamente se nota uma propensão maior entre homens: 21,4% contra 16,3%.
Na visão de Schepers, redes sociais, comunicadores instantâneos e mobile banking são as três principais categorias de apps na home do smartphone dos brasileiros. Porém, nota-se que o usuário está experimentando outros aplicativos e, provavelmente, trocando os ícones que aparecem em sua primeira tela. “Definitivamente, o brasileiro não gosta de pagar pelo download de app. Mas os modelos freemium parecem ter dado certo no país, até porque permite que se experimente antes de pagar”, explica.