Por volta de 300 executivos compareceram ontem (28/06), no Blue Tree Towers Morumbi, para acompanhar o “I Congresso de Cobrança”, que trouxe para o debate as principais estratégias adotadas pelo mercado e como ele tem evoluído em favor dos negócios. Promovido pela Conference ClienteSA, o evento mostrou como se dá a divisão operacional e estrutural do setor – callcenters e empresas especializadas em cobrança -, e a importância que as informações sobre os inadimplentes podem agregar na hora de reter o cliente.
O primeiro painel do congresso, que teve como mediador e palestrante Augusto Melo, diretor do HSBC, mostrou o perfil estratégico do setor. O executivo apresentou a evolução da terceirização na cobrança de varejo. Depois, Topázio Silveira Neto, presidente do conselho da ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), apontou uma maior aproximação entre callcenters e empresas de cobrança. Indo na mesma direção, o presidente do Instituto Geoc, João Leme, contou que, em um futuro próximo, os dois segmentos irão trabalhar juntos, trocando informações.
Discutindo o modelo pragmático do mercado de cobrança, a segunda mesa do evento contou com a participação de Miguel Cui, diretor de clientes da Claro, que apresentou alguns modelos de contratação do serviço. Depois foi a vez de Paulo Machado, diretor-presidente da Ativos SA, que apontou um futuro promissor para a gestão de inadimplentes, devido grande expansão do crédito bancário. Também participaram da mesa Sandro Almeida, diretor de risco de crédito do Carrefour, Luis Roberto Silva, diretor da CSU Credit & Risk, Jaime Enkin, vice-presidente de cobrança da Meta Soluções Comerciais, e André Saint Martin, diretor da Dedic.
O diretor comercial da Tivit, Marco Theodoro, foi quem abriu o terceiro painel, que abordou a evolução operacional e o futuro do setor. O executivo falou que o mercado está experimentando um novo momento, onde a consolidação passa por uma preocupação com a recuperação de ativos. Em seguida, Pedro Paulo de Freitas Cunha, gerente executivo de negócio cobrança da ACS, contou o case da empresa e disse que o desafio, hoje, é saber como agregar novas informações às operações. O impacto que a Basiléia II irá causar no mercado de cobrança foi o foco da apresentação de Satoshi Fukuura, diretor do Grupo NP. A partir de janeiro, todas as empresas desse setor serão obrigadas a atender as exigências do novo ambiente regulamentar. Esses assuntos foram também debatidos por Paul Bullet, vice-presidente da Aspect Software; Alexandre Martir, gerente da ddCom Systems; Maria Isabel Leitão, gerente de soluções da Wittel; e Manuel Afonso Braga, diretor da Okto.
Por fim, foram apresentados três cases de sucesso apoiados nas mais diversas composições – interno, externo e híbrido – , por Paulo Santos, diretor de cobrança ou recuperação de crédito da Casas Bahia; Carla Marques, diretora de Cobrança da GE; e Leonardo Santanda, diretor Cobrança da Losango. Para discutir esses exemplos de benchmarking participaram Miguel Maal, executivo da Advisia Management Consulting, Augusto Mello, PFS Collection Manager do HSBC, e Sandro Almeida, diretor de risco de crédito do Carrefour.