O ano que está acabando foi marcado pela crise econômica no Brasil. E, se engana quem acredita que esse cenário, com o aumento da inadimplência, foi positivo para as empresas de cobrança. É o que afirma Diogenes Barbosa, diretor executivo da Safemoney, “(a crise) afeta a renda dos potenciais pagadores. Foi um ano em que tivemos que trabalhar arduamente para não afetar drasticamente os resultados”, diz. Ela explica que a crise diminuiu os recursos financeiros dos consumidores, afetando diretamente a intenção de pagar as dívidas em atraso, o que dificultou o trabalho das recuperadoras. “Sem perspectiva de geração de recursos, a negociação com os devedores fica difícil”, completa.
Apesar das dificuldades, ele conta que a Safemoney teve um bom ano. “Houve um crescimento orgânico na ordem de 38% acima da previsão”, comenta Barbosa. Além disso, a empresa também lançou um software que, atualmente, e instalou duas novas sedes na América latina, uma no Peru e uma no Chile. Para garantir o crescimento mesmo em um período de recessão, Barbosa comenta que foi preciso trabalhar e pensar em estratégias. “Trabalhamos muito na redução de custos e melhoria continua dos processos, além do incremento de novos clientes em nossa carteira”, completa o executivo.
Sobre o mercado de cobrança como um todo, o executivo afirma que um segmento em específico apresentou grande crescimento no ano de 2015: o das empresas de cobrança por aplicativos on-line. Segundo Barbosa, essa tendência começou em 2013, mas se fortaleceu esse ano e atende os consumidores que buscam outras formas de negociar, além da tradicional, e que estão acostumados com a vida digital. Apesar de útil, Barbosa comenta que esse tipo de serviço não serve para todos os consumidores, apenas para aqueles que têm intenção real de quitar as dívidas, os outros ainda precisam do tradicional contato operador-cliente.