Um levantamento realizado pela Recovery aponta que, no primeiro semestre deste ano, o desemprego e o atraso de salários foram a causa de 49% dos endividamentos de consumidores no período. No mesmo período do ano passado, o principal fator era o descontrole financeiro, que sozinho respondia por 66% do total.
Com a crise econômica do País pressionando o cenário das famílias, o atraso dos salários ganhou representatividade no ranking. E agora ele é o segundo principal causador de inadimplência, indo de 3% no primeiro semestre de 2015 para 26% nos seis primeiros meses de 2016. O descontrole financeiro ainda é responsável por 44% dos casos de inadimplência. Os dados consideram as respostas de 25 mil consumidores consultados pela Recovery, que representam o perfil da carteira de 11 milhões de inadimplentes administrada pela companhia.
“Desemprego e atrasos de salário estão pressionando as famílias e gerando endividamento. Esse novo cenário tem exigido uma adaptação do setor de cobrança, exigindo negociações personalizadas a nova realidade do consumidor”, explica André Calabró, diretor de cobrança da Recovery.
De acordo com o executivo, a mudança no perfil das causas da inadimplência tem impacto também nas condições de renegociação. “O mercado de cobrança tende a se adaptar a essa nova realidade. O objetivo da Recovery é o de promover negociações sustentáveis, com parcelas que caibam no bolso do cliente e que possam permitir a reinserção desse consumidor no mercado”, completa.