Compras com cartões crescem 7%

Segundo levantamento da associação das empresas de cartões, Abecs, os brasileiros movimentaram R$ 546 bilhões com cartões de crédito e débito no 1º semestre de 2016. Crescimento de 7,2% em relação aos seis primeiros meses de 2015. Os cartões de crédito registraram R$ 337 bilhões (alta de 3,8%), e os cartões de débito, R$ 209 bilhões (alta de 13%).
 
Ainda no 1º semestre, apenas por meio do parcelamento sem juros, os emissores de cartão de crédito concederam aos brasileiros a quantia de R$ 163 bilhões, o que representou 53% do volume de crédito concedido à pessoa física (recursos livres) para financiar o consumo de bens e serviços no Brasil. Nesse período, também, o número de transações com cartões foi de seis bilhões, crescimento de 8,6%. Com 3,2 bilhões de transações, os cartões de débito foram mais usados pelos consumidores que os cartões de crédito, que tiveram 2,8 bilhões de transações.
 
Cartões avançam no interior
De todo valor movimentado por meio de cartões de crédito e débito no Brasil, 52,2% ocorreram em cidades do interior, contra uma participação de 47,8% das capitais – no mesmo período de 2008, essa relação era inversa: capitais detinham 58%, e o interior, 42%.
 
“O uso de meios eletrônicos de pagamento nessas regiões tem crescido continuamente devido ao investimento realizado pelas empresas do setor em ampliação da infraestrutura de aceitação e emissão de cartões, gerando maior inclusão financeira e formalização da economia em locais afastados dos grandes centros urbanos”, afirma Marcelo Noronha, presidente da Abecs.
 
Ao todo, desconsideradas as compras internacionais, o valor das transações com cartões realizadas dentro do País no período cresceu 8,3% no comparativo anual, somando R$ 544 bilhões.
  
Substituição de meios de pagamento
 Os pagamentos com cartões representaram 28,5% do consumo das famílias nos seis primeiros meses do ano, contra 27,5% no mesmo período de 2015. O aumento de participação ocorre devido ao processo de substituição de meios de pagamento, já que o brasileiro tem adotado cada vez mais os cartões em detrimento de dinheiro e cheque.
 
Enquanto o valor transacionado com cartões cresceu 7,2% no semestre, no comparativo anual, o volume movimentado com cheques caiu -10% (de R$ 479 bilhões para R$ 428 bilhões). Nos últimos oito anos, houve crescimento de aproximadamente 258% em cartões e queda de -16% em cheques.
 
Além disso, segundo dados do Banco Central, a carteira de cartões de crédito segue em constante crescimento e atingiu R$ 168 bilhões ao final de junho (alta de 387% nos últimos nove anos), consolidando-se como a terceira maior modalidade de crédito do Brasil, atrás de crédito imobiliário e crédito pessoal.
 
Uso consciente 
Segundo pesquisa da Abecs realizada pelo Datafolha, apenas um em cada dez usuários de cartão de crédito usa o rotativo como crédito emergencial. De acordo com o levantamento, 85% das pessoas pagam o valor integral da sua fatura e 88% têm a intenção de fazer o mesmo no próximo vencimento. Apenas 5% pagam o valor mínimo, 3% pagam outro valor e 7% optam por fazer o parcelamento da fatura.
 
Além disso, o consumidor que entra no crédito rotativo do cartão fica, em média, apenas 15 dias, de acordo com o Banco Central, o que confirma o seu papel de crédito emergencial. Isso mostra que a grande maioria das pessoas usa o cartão de crédito de forma consciente e sabe aproveitar seus benefícios sem pagar juros.

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