As ações judiciais por falta de pagamento da taxa condominial foi 26,5% maior em abril de 2013 do que em março do mesmo ano, totalizando 992 registro, segundo levantamento realizado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi, Sindicato da Habitação, junto ao fórum da cidade de São Paulo.
A inadimplência em condomínios está cada vez mais recorrente nos dias de hoje e um dos fatores que podem ter contribuído para isso é a reforma de 2002 do Código Civil, onde a multa que era de 20% passou a 2%, segundo Luís Carlos do Prado, advogado da empresa Pontual Cobrança. “Isso foi o grande incentivar no aumento da inadimplência nos condomínios, pois hoje o condômino/devedor prioriza pagar primeiro o cartão crédito, o cheque especial e outros, deixando por último à taxa condominial, o que vem a acarretar transtornos para o condomínio manter em dia suas contas”, afirma.
Se a inadimplência é alta, cai o fluxo de caixa, o que traz problemas para a administração do prédio, que tem uma série de obrigações a serem cumpridas, como contas de água, energia e gás, pagamento de funcionários, encargos trabalhistas e ocasionais contratos de manutenção, explica o especialista em cobrança. “Como a única fonte de renda do condomínio vem dos moradores, quem arca com as consequências são os outros condôminos, para quem as despesas são repassadas”, conclui.