Demanda de crédito cresceu

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito cresceu 3,7% no acumulado do ano de 2016 comparativamente ao ano de 2015. Apesar de positivo, foi o quinto ano consecutivo de fraco desempenho da demanda do consumidor por crédito já que, no período de 2008 a 2011, o crescimento médio anual da procura do consumidor por crédito foi bem mais expressivo: 7,1% anuais, em média.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a inflação ainda alta, sobretudo no primeiro semestre do ano, os esforços do consumidor em reduzir pagar suas dívidas, o elevado custo do crédito e o grau reduzido dos índices de confiança dos consumidores, determinaram um desempenho enfraquecido da demanda do consumidor por crédito no ano de 2016, a exemplo do que vem ocorrendo nestes últimos anos.
Vale ressaltar também que, observando-se tanto os dados das vendas do varejo como das concessões de crédito de 2016, depreende-se que a demanda por crédito no ano passado foi caracterizada pela procura de crédito para quitação/renegociação de dívidas do que para a expansão do endividamento de consumo/investimento do consumidor.
Análise por classe de renda pessoal mensal
No ano passado, a busca do consumidor por crédito subiu em todas as demais faixas de renda em relação ao ano de 2015. Para os que ganham até R$ 500, a alta foi a mais fraca: 1,1%. Para os que têm renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, a alta foi de 3,7%. Para a renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000, o crescimento foi de 4,3%. Já os consumidores com renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000, o crescimento foi de 4,1%. Já para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, a expansão foi de 3,9% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10.000, a alta na procura por crédito foi de 3,6%.
Análise por região
No acumulado do ano de 2016 a demanda do consumidor por crédito avançou 7,2% na Região Sul, 3,7% no Sudeste, 5,1% no Centro-Oeste e 1,7% no Nordeste. Na direção contrária ficou apenas a região Norte com queda acumulada de 2,6% de janeiro a dezembro de 2016 na comparação com o período de janeiro a dezembro de 2015.

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