Enquanto conseguir crédito junto a uma instituição financeira tem sido uma tarefa árdua para aqueles consumidores que precisam, alguns setores já estão dando suas próprias alternativas. No caso do mercado imobiliário – um dos que mais se beneficiou do incentivo ao crédito nos anos anteriores -, observando a crise macroeconômica, ele precisou intensificar seu esforço em manter o setor aquecido, a fim de que a queda não seja tão grande. Com isso, os financiamentos diretamente com a construtora têm se apresentado como saída tanto para que o setor não saia prejudicado, quanto para quem ainda deseja realizar o sonho da casa própria o quanto antes.
Com prazos menores e menos burocráticos para os clientes conseguirem a aprovação, o objetivo é facilitar as condições para os consumidores que encontram dificuldades em adquirir empréstimo com os bancos, explica Fernando Siqueira, gerente comercial da Cury. “Voltamos a trabalhar com o financiamento direto e criamos duas linhas de crédito, uma para os produtos em construção com prazo de 60 meses e outra para os produtos prontos com prazo de 120 meses”, comenta.
Mas não é porque o mercado está em baixa que as construtoras não tomam medidas de precaução na hora de fornecer o financiamento. Tal qual outras instituições financeiras, é necessário uma análise sobre a capacidade financeira dos clientes. “Existe o risco de inadimplência quando é feita a liberação de crédito sem uma análise efetiva. Apesar de esta avaliação ser mais flexível que a dos bancos, temos a preocupação do que seja a mais assertiva possível”, aponta ainda Siqueira.