“Desde o Plano Real, a gente tem crescimentos econômicos significativos”. Assim, Sergio Bahdur abre sua palestra “Segmentações, regionalizações e abordagens da recuperação de crédito”, no 5º Congresso Nacional e Recuperação de Crédito. Elenca tal afirmação à consequente expansão de emprego e renda, impulsionados pelo crédito, o que originou novos consumidores, novos produtos e sistemas de distribuição.
Como arcar com essas mudanças sem ter que elevar demais as despesas? Deve-se regionalizar? De acordo com Bahdur, é mais rentável manter de forma regional aqueles produtos que precisam de mais atenção de conhecimento local. “Tudo que é varejo, massivo, as empresas mostraram que conseguem atender de forma nacional”, aponta ele.
A segmentação demanda novas abordagens e uma preocupação especial com a comunicação. “Acho que as empresas investiram em tecnologia e volumes, mas não podem esquecer da informação. Acho que é um processo que exige disciplina, tempo, tudo o que vocês já fazem em outras atividades, obviamente”, diz Bahdur.
Outro ponto importante é a questão da mão-de-obra. É preciso planejar como sair desse problema e a regionalização influi nisso. “O que é mais eficaz: ter uma operação em grandes centros ou centros com mão-de-obra disponível para qualificar?”, interroga ele. É preciso pensar em uma forma em que se selecione melhor, reconheça melhor e que possa realmente reduzir esse “turnover”. “É um grande desafio que todo mundo tem”, conclui.