Fuga da estagnação

O momento de recessão da economia brasileira, a qual já vem lutando contra a crise de forma mais expressiva desde 2014, serve para repensar o atual momento do crédito imobiliário. Superaquecido nos últimos anos, uma desaceleração brusca no mercado de crédito imobiliário pode causar danos à economia. Assim, as concedentes de crédito, principalmente, devem observar a situação salarial da população, e assim se reinventar, já que, apesar de tudo, o setor não deve parar de crescer. “A conjuntura atual elevará as taxas de juros, ou seja, o financiamento imobiliário ficará mais caro, porém diluído nas parcelas será imperceptível ao consumidor, fazendo diferença apenas no valor total pago ao fim do contrato”, explica Germano Leardi, diretor de relações institucionais da franqueadora imobiliária Paulo Roberto Leardi.
Para contribuir com esse cenário, mesmo diante das dificuldades e do risco de crescimento da inadimplência – devido ao número crescente de desemprego no país -, o diretor acredita que algumas medidas possam ser tomadas pelo governo e pelas concessionárias de crédito. “A desburocratizarão da documentação imobiliária com a concentração na matrícula de todos os ônus e dívidas que possam recair sobre um imóvel é algo que ajuda muito, e deveria ser agilizada a implementação pratica disso”, explica Leardi.
Ele comenta ainda que, mesmo com as tendências previstas, esse ainda não é o melhor nicho de atuação para as empresas de cobrança, visto que a relação entre a concedente do crédito e o beneficiado é direta, não necessitando de intermediários na realização de acordos de recomposições e/ou aumento de prazos. “A inadimplência cresce com o desemprego, porém, se a avaliação do imóvel estiver coerente, não é um problema, pois o cliente o revenderá e assim se adequará a sua nova condição”, acredita o diretor.

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