As sociedades de garantia de crédito (SGC) tendem a se consolidar no Brasil como cooperativas financeiras. A afirmação foi constatada por líderes, dirigentes cooperativistas, autoridades e especialistas que estiveram presentes na Feira Expocoop – Sociedades de Garantia de Crédito no Brasil: Associações, Cooperativas ou Consórcios, em Curitiba, Paraná.
Em painel, o consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Bacen, Cleófas Salviano Júnior, anunciou que as SGC passarão a ser cooperativas de crédito sob regulação e supervisão do Bacen. Cleófas reconhece que essas organizações contribuem para reduzir a assimetria de informações entre instituições financeiras e clientes desse segmento; suprir a escassez de garantias reais e aumentar a velocidade do acesso crédito a um custo menor de concessão. “As sociedades também vêm ao encontro das políticas públicas de inclusão financeira e produtiva no Brasil”, explicou.
A ideia é que a SGC passe de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) para uma instituição financeira cooperativa, cujo efeito passará a ser mitigador de risco que ampliará o acesso a crédito pelos pequenos negócios, contribuindo para dinamizar as economias locais. As SGC, segundo ele, reúnem as condições necessárias para assumir a figura jurídica de uma cooperativa. “A governança nesse modelo reforça suas características mutualistas, possuem base territorial definida e mantêm relações de proximidade, além de ser uma forma conhecida e testada”.