O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no último final da semana que vai dobrar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na concessão de crédito para pessoas físicas com prazo igual ou superior a um ano. Segundo o governo, o objetivo da medida é conter a inflação.
Hoje, o consumidor paga 1,5% sobre o valor do financiamento e, com a mudança, vai pagar 3%. O total de empréstimos pessoais no Brasil está em torno de R$ 700 bilhões ao ano.
A medida começou a vigorar na última sexta-feira (8) e atinge todas as operações de crédito pessoal. Entre elas, compras feitas no crediário, empréstimos pessoais, crédito consignado, rotativo do cartão de crédito e parcelamento para compra de automóveis.
A Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) comentou o aumento do IOF em uma nota à imprensa. Para a associação, trata-se de mais uma iniciativa governamental no sentido de controlar o consumo e reduzir a pressão sobre a inflação. No entanto, a Acrefi defende que “sem um aumento da austeridade fiscal, o impacto da elevação do IOF sobre a inflação é limitado”.